Fisker Emotion: supercarro elétrico 780 cv e pode rodar 640 km sem recarga com ajuda do grafeno, um dos novos materiais
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Fisker Emotion: supercarro elétrico 780 cv e pode rodar 640 km sem recarga com ajuda do grafeno, um dos novos materiais

Inteligência Artificial, Internet das Coisas, rede 5G, pilhas de hidrogênio, sensores ultramodernos, centrais multiconectadas, superchips... Quando se fala em carros do futuro, parece que toda a revolução está nas mãos das empresas que dominam a eletrônica embarcada. Sim, isso tudo é fundamental, mas existe outra ponta na revolução digital que pouco aparece para o público: os modernos materiais que serão usados não só nos carros, mas principalmente nos pneus e nos pavimentos, e que permitirão avanços incríveis na mobilidade. Listamos aqui sete novos materiais que em breve poderão estar nos carros ou na rua por onde você circula. 

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1 – GRAFENO

Uma das formas cristalinas do carbono, costuma ser muito forte, leve e excelente condutor de calor e eletricidade. As pesquisas com o grafeno se intensificaram nesta década, com o objetivo de desenvolver baterias mais leves, finas, compactas e eficientes para celulares e outros equipamentos. O componente está entre os novos materiais do futuro, que já estão chegando nas baterias de carros elétricos. Ele estava, por exemplo, no protótipo Fisker Emotion exibido na CES 2018, em Las Vegas. O superesportivo 100% elétrico tem potência de 780 cv e pode rodar 640 quilômetros sem recarga. Graças ao grafeno.

 2 – POLÍMERO SUPERELÁSTICO

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Pneu do futuro move-se em todas as direções e se adapta à diversas condições para facilitar as manobras no dia a dia

Um dos itens mais futuristas expostos recentemente é o pneu esférico Eagle 360 Urban, da Goodyear. Ele estava no Salão de Genebra do ano passado. Trata-se de um protótipo para veículos urbanos autônomos, cujo segredo é a combinação de Inteligência Artificial e sua superfície, feita de polímero superelástico. A pele biônica é flexível como a nossa, o que permite sua expansão e contração. Dependendo das condições externas, a banda assume diferentes formas. O pneu esférico move-se em todas as direções e se adapta às limitações de espaço para manobras em locais apertados.

Uma complexa rede de sensores capta informações sobre as condições do piso e meteorológicas, transmitindo-as ao pneu, para otimizar a mutação e melhorar as frenagens e a dirigibilidade. Quando a pele biónica está danificada, os sensores na banda de rolamento podem localizar o furo. O pneumático roda, então, para criar uma diferente superfície de contato e iniciar a auto-reparação. Materiais reagem física e quimicamente para criar novas ligações moleculares, que reparam o dano. Coisa de ficção científica tornando-se realidade.

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3 – CASCAS DE OVOS E FRUTAS

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Pneu Yokohama cujo composto tem casca de laranja na composição, o que o torna ecologicamente correto

A fabricante japonesa Yokohama já patenteou e tem usado óleo de casca de laranja em alguns de seus pneus verdes, em substituição a compostos derivados de petróleo. A boa ideia vem ganhando adeptos. Recentemente, cientistas da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, descobriram que cascas de ovos e de tomates, descartadas em larga escala pela indústria alimentícia, também podem substituir o óleo “carbon black”, que dá a coloração negra à borracha. Além disso, o uso de novos materiais e reforços para reduzir a massa dos pneus deve contribuir com o consumo e com a redução das emissões. O desafio, nesse caso, é encontrar alguma coloração que deixe os pneus escuros, pois pesquisas indicam que o consumidor não aceita pneumáticos que tenham outra coloração.

 4 – ASFALTO POROSO

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Asfalto poroso é capaz de absorver até 880 galões de água por minuto para evitar alagamentos

Há dois anos, o vídeo de um piso de asfalto absorvendo 880 galões de água em um minuto chamou a atenção nas redes sociais. Trata-se de um projeto da Tarmac, gigante inglesa do ramo da construção civil. Ele já foi colocado em prática num estacionamento, como o vídeo mostrou. E poderá ser usado em vias experimentalmente. Além de evitar alagamentos e aquaplanagem dos veículos, esse piso poroso facilita a absorção da água, evitando erosões e prolongando a vida útil do asfalto. Só não é indicado em regiões onde neva, já que o gelo danifica os poros.

 5 – PLÁSTICO EM LUGAR DO ASFALTO

Plastic Road pode ser usada em caráter experimental na Holanda, que tem sido um laboratório da mobilidade
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Plastic Road pode ser usada em caráter experimental na Holanda, que tem sido um laboratório da mobilidade

O projeto PlasticRoad é fruto de um consórcio das empresas holandesas KWS e Wavin com a gigante francesa do petróleo Total. O objetivo é dos mais arrojados: substituir o asfalto pelo plástico reciclado. Além do viés de sustentabilidade (boa parte do plástico usado será resgatado de rios, lagos e oceanos), a solução permite que as estradas recebam tecnologias de ponta, já que as placas de plástico pré-moldadas possuem na sua base um vão para passagem de cabos e tubulações, armazenamento de água, aquecimento de piso em época de nevasca, etc. De acordo com o consórcio, um protótipo dessa estrada – inicialmente em forma de ciclovia – deverá entrar em funcionamento em breve na Holanda, país que cada vez mais se transforma num laboratório de experiências de mobilidade.

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 6 – PLACA SOLAR NOS PISOS

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Placas solares no asfalto podem até carregar carros elétricos em movimento

Enormes placas solares no pavimento podem armazenar a energia do Sol para iluminação, sinalização interativa por leds, derretimento de gelo e até carregamento de carros elétricos em movimento, numa faixa exclusiva de rolamento. O casal de pesquisadores Scott e Julie Brusaw, do estado americano de Idaho, criou a empresa Solar Roadway e levantou US$ 1 milhão em crowdfunding para montar o primeiro estacionamento-protótipo com pisos solares. Várias empresas se interessaram pela tecnologia, mas ela ainda precisa ser mais testada e barateada.

 7 – TINTA FOTO-LUMINESCENTE

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Tinta luminosa absorve luminosidade durante o dia e faz brilhar as pistas no escuro

A Holanda, sempre ela, já testa outro integrante da lista dos novos materiais. Trata-se da tinta que tem a capacidade de absorver a luz durante o dia, e faz as faixas divisórias de pistas brilharem intensamente no escuro, ampliando a segurança nas viagens noturnas. O mesmo país também estuda evitar o desperdício de energia com postes de luz em estradas de pouco movimento noturno.

Como? Sensores no pavimento podem iluminar a pista somente quando o carro passa (e a luz vai acompanhando a passagem do seu carro por toda a viagem). Muito “Black Mirror”, não?

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