Em 1994 foi criado no Brasil o carro popular incentivado para estimular o setor automotivo. Eram modelos pequenos, de baixa cilindrada, motor 1.0 à gasolina, pouco conteúdo, com impostos de quase zero e vendidos por cerca de R$ 7 mil (o dólar valia R$ 1). Guardada a devida relatividade, acaba de chegar ao mercado da Califórnia, nos Estados Unidos, o carro elétrico mais barato do mundo: o chinês Kandi K27 sai por US$ 7.999 usando incentivos fiscais.
A Califórnia lidera nos EUA os índices de redução de emissões de carbono por meio da adoção de veículos elétricos e híbridos. Atualmente, representa quase 50% das vendas destes veículos no país. Com à implementação em curso da infraestrutura de abastecimento, a legislação local proíbe a partir de 2035 as vendas de novos carros e caminhões movidos a gasolina e diesel. E exige certificar novos produtos de qualidade e acessíveis para entrar naquele mercado.
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A Kandi anunciou que recebeu essa certificação do “California Air Resources Board” para o K27 e será elegível para o incentivo total de U$ 13.000 do estado para veículos elétricos. Isso significa que o carro elétrico Kandi K27 custará efetivamente U$ 7.999 na Califórnia. (Sem fazer uma comparação direta entre os produtos o Nissan Leaf elétrico é oferecido por US$ 31 mil, sem os incentivos).
O K27 realmente é apenas um veículo urbano . Com uma pequena bateria de 18 quilowatts-hora, ele pode rodar 160 quilômetros com uma única carga. Seu motor elétrico gerencia apenas 27 cavalos de potência e a velocidade máxima do carro é de 100 quilômetros por hora.
Os carros de Kandi ainda não estão listados nas agências reguladoras norte-americanas de meio ambiente e de segurança. Mas, a Kandi afirma que seus veículos serão usados em serviços de compartilhamento de carros e já passaram por testes de colisão na China. A montadora fabrica carros desde 2007.
A Kandi
resume sua proposta para este novo veículo: “Queremos ser uma nova categoria para as pessoas que estão pensando em um carro elétrico
, que querem fazer o bem para o meio ambiente, mas também buscam economizar dinheiro’".