União de Renault e FCA criará o terceiro maior grupo automotivo do mundo, com cerca de 15 milhões de carros vendidos, incluindo os seus parceiros da Aliança Renault, Nissan e Mitsubishi, ficando atrás somente de Toyota e Volkswagen. A proposta foi feita hoje pela FCA ao conselho da Renault, que deverá se pronunciar dentro de mais alguns dias. Mas o negócio, que vem sendo discutido há tempo, já está praticamente fechado. Será na base de 50% para cada grupo. As divisões brasileiras de FCA e Renault ainda não se manifestaram.

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A proposta da FCA vem na sequência de discussões operacionais iniciais entre as duas companhias para identificar produtos e regiões onde elas poderiam colaborar, particularmente na medida em que elas desenvolvem e comercializam novas tecnologias. Essas discussões deixaram claro que a colaboração mais ampla por meio de uma combinação melhoraria substancialmente a eficiência de capital e a velocidade do desenvolvimento de produto.

A proposta de combinação é também fortalecida pela necessidade de tomar decisões ousadas para aproveitar em escala as oportunidades criadas pela transformação da indústria automotiva em áreas como conectividade, eletrificação e direção autônoma.
A combinação proposta criaria uma fabricante de automóveis global, proeminente em termos de faturamento, volumes, rentabilidade e tecnologia, beneficiando os respectivos acionistas e públicos de interesse.

O negócio combinado teria vendas anuais de aproximadamente 8,7 milhões de veículos, seria uma líder mundial em tecnologias de veículos elétricos, marcas premium, SUVs, picapes e veículos comerciais leves, e teria uma presença global mais ampla e equilibrada do que cada uma das empresas separadamente.

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Os benefícios da transação proposta não estão baseados no fechamento de plantas, sendo alcançados por meio de investimentos mais eficientes de capital em plataformas globais de veículos, arquiteturas, powertrain e tecnologias comuns. A FCA tem um histórico de combinar com sucesso fabricantes de veículos de culturas distintas para criar times de liderança fortes e organizações dedicadas a um propósito único.

O Board da FCA, portanto, acredita firmemente que essa combinação, que teria a escala, expertise e recursos para navegar uma indústria automotiva que está mudando rapidamente, criaria novas oportunidades aos empregados das duas companhias e para outros públicos de interesse.

União de Forças complementares

União entre FCA e Renault daria cobertura completa de mercado, com um vasto porfólio
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União entre FCA e Renault daria cobertura completa de mercado, com um vasto porfólio

Combinar os negócios criaria um portfólio de marcas que daria cobertura completa de mercado com presença em todos os segmentos-chaves, desde marcas premium e de luxo, como Maserati e Alfa Romeo, até as fortes marcas de acesso Dacia e Lada, e incluiria as muito conhecidas marcas Fiat , Renault, Jeep e Ram, assim como veículos comerciais.

O Groupe Renault tem forte presença na Europa, Rússia, África e Oriente Médio, enquanto a FCA tem posição única nos segmentos de altas margens da América do Norte e é uma líder de mercado na América Latina. A capacidade em evolução da FCA em direção autônoma, que inclui parcerias com Waymo, BMW e Aptiv, são complementadas pelas décadas de experiência do Groupe Renault em tecnologias de veículos elétricos, sendo a fabricante mais vendida da Europa nesse segmento. O Groupe Renault possui ainda um bem estabelecido e rentável negócio de financiamentos (RCI Banque).

União dos dois grupos teria como resultante a fusão de 9 montadoras
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União dos dois grupos teria como resultante a fusão de 9 montadoras


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Geograficamente, com base nas vendas globais de 2018 da FCA e do Groupe Renault, a companhia combinada seria nº 4 na América do Norte, nº 2 na Europa, África e Oriente Médio (EMEA) e nº 1 na América Latina, e teria os recursos aumentados necessários para crescer sua participação na região Ásia-Pacífico (APAC). Em uma simples base agregada dos resultados de 2018, os rendimentos da companhia seriam de quase €170 bilhões, com lucro operacional de mais de €10 bilhões e lucro líquido de mais de €8 bilhões.

A combinação entre a FCA e o Groupe Renault , juntamente com os parceiros Nissan e Mitsubishi, seria a maior aliança de fabricantes de veículos do mundo, vendendo mais de 15 milhões de veículos anualmente. Essa proposta oferece a oportunidade de criar a terceira maior companhia automotiva global, com ampla, complementar e forte presença de marcas regionais, e importantes forças em tecnologias transformadoras. Ela também confirma e melhora o valor da Aliança existente e seu potencial de se tornar ainda mais forte no futuro.

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