As primeiras motocicletas utilizadas para o fora de estrada no fim dos anos 60 não passavam de adaptações de modelos street, com suspensões reforçadas e alongadas e, às vezes, com pneus mais adequados para a terra. Era o caso das versões Scrambler das Honda CB 450 e CB 350, que ostentavam um par de escapamentos altos em apenas um lado da motocicleta. Mas aí veio a Honda XL 250 Motorsport , uma das primeiras motocicletas a serem desenvolvida visando uso misto, para o asfalto e para a terra.
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Foi quando as motos de uso misto começaram a ganhar a preferência dos motociclistas e os fabricantes perceberam que esse tipo de motocicleta se prestava muito bem para todos os tipos de uso, principalmente o urbano. E começaram a produzir modelos de uso misto mais refinados, a exemplo das séries XL da Honda e DT da Yamaha.
No Brasil a situação não era diferente e, assim, em 1973, a Honda passou a importar a XL 250 Motorsport, que deu início à saga XL. Este primeiro modelo era equipado com motor OHC de quatro válvulas de 20 cv, câmbio de cinco marchas e suspensão traseira convencional, com dois amortecedores.
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A Honda XL 250 Motorsport, com seu motor de quatro tempos, tinha a forte concorrência da Yamaha DT 250 e seu nervoso motor dois tempos, na época mais adequado para a pilotagem no off road. Considerada de uso mais “delicado”, a XL então ficando mais conhecida por suas incursões urbanas. Isso explica o fato de encontrarmos XL Motorsport em melhores estados de conservação do que as DT, antes que começasse a febre das restaurações.
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A versão nacional dessa motocicleta, a Honda XL 250R, chegou quase uma década depois, em 1982, e conquistou o motociclista brasileiro de uma forma ainda mais forte, uma vez que, com as importações proibidas, praticamente não havia concorrência nesse segmento. De aparência só um pouco mais moderna que a Motosrport, a XL 250R ostentava a tão endeusada suspensão traseira monoamortecida, mas, nos dias de hoje, a pioneira dos anos 70 se mantém como a clássica mais interessante e rara.