Lambretta LD 1958, à esquerda, e Lambretta LI 1960, à direita
Acervo Pessoal / Gabriel Marazzi
Lambretta LD 1958, à esquerda, e Lambretta LI 1960, à direita

A história da lambretta começou na Itália arrasada pela Segunda Guerra. Ferdinando Innocenti, um industrial europeu, teve a ideia de criar um veículo barato para resolver o problema de transporte individual naquele país. Surgia assim, em 1947, a primeira Lambretta, motoneta de rodas pequenas e motor escondido que se pilotava sentado.

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No Brasil, a Lambretta iniciou a produção de seus modelos em 1955, com a versão LD. A Lambretta 150LD das fotos, a laranja, é de 1958, de uma época em que se vendiam mais de 50.000 Lambrettas por ano. Seu motor de 150 cm3 tinha potência de apenas 6,0 cv e o câmbio de 3 marchas ficava no punho esquerdo do guidão da motoneta .

As marchas eram trocadas puxando-se a embreagem e torcendo o conjunto para cima e para baixo. As pequenas rodas de 8 polegadas de diâmetro não ofereciam muito equilíbrio ao veículo, apesar de a Lambretta 150LD não passar dos 75 km/h. A característica mais interessante e nostálgica da Lambretta LD é o guidão aparente, igual ao de uma motocicleta.

Já a Lambretta amarela e verde é um modelo LI de 1960, que havia recebido muitas inovações estéticas e mecânicas. A principal delas foi a adoção das rodas de 10 polegadas de diâmetro, o que melhorou muito a estabilidade da motoneta. O para-lama dianteiro, que antes virava juntamente com o guidão, passou a ser fixo na estrutura do veículo. O farol, antes fixo no anteparo frontal, passou para o centro do guidão.

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O câmbio ganhou 4 marchas, sendo que a transmissão passou de eixo-cardã para corrente interna. O motor 2 tempos refrigerado a ar por ventoinha passa a ter potência de 6,5 cv, fazendo a Lambretta LI chegar a 80 km/h.

Lambretta no Brasil

A Lambretta LI tinha rodas de 10 polegadas de diâmetro
Acervo Pessoal / Gabriel Marazzi
A Lambretta LI tinha rodas de 10 polegadas de diâmetro

Em 1964, a Lambretta do Brasil passou a chamar Cia. Industrial Pasco Lambretta, lançando uma versão com motor de 175 cm3 de 8,6 cv e velocidade de 103 km/h. Em 1970, houve outra alteração na razão social da empresa, que se tornou Brumana e Pugliese SA. Foi quando surgiram tentativas de sobreviver ao mercado já dominado pelas marcas japonesas, com a Xispa, de 1971, o ciclomotor Ponei, a última evolução da Lambretta LI, a Cynthia, e a MS 150. Em 1979, o último modelo a ser lançado foi a Lambretta Tork, três anos antes de a empresa fechar suas portas definitivamente.

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Tem Lambretta demais rodando pelo mundo, graças à sua simplicidade e à grande robustez e, atualmente, devido ao saudosismo que tomou conta dos mercados de veículos de duas rodas, vemos cada vez mais modelos antigos sendo restaurados, ao mesmo tempo em que as marcas atuais lançam versões modernas de scooteres com grande apelo nostálgico.

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