O mais novo scooter da Honda , o ADV da linha 2021, foi apresentado oficialmente há dois meses e comecou a ser entregue aos novos donos ainda no último mês do ano passado. Como a apresentação foi estática, sem a possibilidade de experimentar a novidade, minhas considerações naquele momento foram teóricas, baseadas principalmente nas suas pequenas diferenças em relação ao scooter em que se baseia, o Honda PCX.
Finalmente, nesta semana pude experimentar o novo Honda ADV , em um test-ride por ruas, avenidas e estradas, estas últimas de asfalto e de terra. Já montado no ADV, a percepção foi aquela mesma da apresentação, uma posição de pilotagem mais confortável, devido ao banco 30 mm mais alto e ao guidão mais alto e mais largo.
O scooter Honda PCX tem um visual extremamente agradável, com linhas suaves e harmoniosas, e certamente esse seu atributo contribiu bastante para a grande procura pelo veículo, principalmente para uso urbano. Já o novo scooter ADV segue por outro estilo visual, mais agressivo, com linhas angulares e grafismo bastante chamativo. Esse é o seu apelo.
Da mesma forma que no visual, o scooter Honda ADV também atrai pelos detalhes dinâmicos, como os pneus com um pouco mais de aptidão para o fora de estrada, maiores e com belos gomos, o pequeno para-brisa com duas posições de regulagem de altura, e as suspensões mais altas e de maior curso, com direito a pouco discretos reservatórios externos de óleo nos dois amortecedores Showa traseiros.
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O painel de instrumentos é outro dos pontos de interesse, pois segue o estilo totalmente digital do irmão maior X-ADV. Diferentemente de uma motocicleta, em um scooter não se costuma buscar tanto as informações do painel, principalmente em uma rodovia, mas esse painel de LCD do Honda ADV tem tudo: relógio, indicador de troca de óleo e nível de gasoline, velocímetro, hodômetro total e parcial, registro de autonomia por litro de combustível, médio e instantâneo, temperatura ambiente e nivel de carga da bateria.
Como conveniência, o scooter Honda ADV tem chave presencial Smart Key, sistema que desliga o motor em paradas rápidas, como em um semáforo – Idling Stop, desligável para aqueles que acham muito irritante o motor “morrer” a todo momento –, e um ponto de energia 12 volts no porta-luvas frontal. Embaixo do banco há 27 litros de volume de tranqueiras, inclusive um capacete aberto ou um fechado pequeno. Os bons capacetes fechados não cabem lá dentro.
Mas, e daí? Isso tudo já sabíamos dois meses atrás. Fui pra estrada, então, pra tentar perceber as diferenças dinâmicas em relação ao PCX . O motor é o mesmo nos dois, monocilíndrico refrigerado a água, de 13,2 cv e 1,38 kgfm, mas algumas alterações no duto de admissão e no escapamento levam o torque 1.500 rpm acima.
Difícil notar a diferença, já que a transmissão automática contínua CVT mascara a rotação do motor, que é muito silencioso. Tentando lembrar da última vez que peguei uma estrada com o PCX, fiquei com a impressão de que o desempenho em maiores velocidades realmente é um pouco superior no ADV .
E na terra? Os maiores gomos dos pneus não capacitam o Honda ADV a uma trilha, mas fiquei me imaginando com um PCX, acelerando bastante naquela terra com um pouco de pedras, e fiquei satisfeito com a boa estabilidade que eu tinha. Nenhum susto.
Já os amortecedores de maior curso fizeram bem o seu trabalho, peguei alguns buracos e calombos na terra sem que perdesse o controle da situação. Os trancos decorrentes do piso irregular também não forcaram demasiadamente a minha querida coluna. Resumindo: as melhorias no ADV em relação ao PCX sirtiram efeito no sudo fora de estrada.
O Honda ADV está disponível na rede nas cores branca e vermelha, com o preço de R$ 17.490.