Encontro do Pacaembu de motos dois tempos acontece sempre nos últimos domingos do mês
Gabriel Marazzi
Encontro do Pacaembu de motos dois tempos acontece sempre nos últimos domingos do mês

Todos os últimos domingos do mês são especiais. Assim como muitos outros dias, é claro, mas é nesse, em especial, que as motocicletas se encontram em frente ao Estádio do Pacaembu , em São Paulo.

Não é preciso organizar, nem anunciar. A chegada das motocicletas acontece de forma natural, automática, às vezes até em uma manhã chuvosa. Isso há mais de uma década, uma vez que, por iniciativa do colecionador Ricardo Pulo, neste último domingo as motocicletas se reuniram pela 169ª vez.

Eu já havia me programado para ir até o Modelódromo do Parque do Ibirapuera , levar dois Opalas ao encontro do Clube do Chevrolet , onde já fazia algum tempo que eu não dava as caras. No entanto, soube de última hora que os grupos dos colecionadores de motocicletas dois tempos se reuniria, excepcionalmente, no Pacaembu. Pronto, mudei meus planos e fui de moto ao estádio.

A turma das motocicletas 2T se reúne ali mesmo, em frente ao estádio, mas nas quintas-feiras, só que nesta última havia chovido. Então eles também mudaram seus planos.

Motocicletas antigas – algumas clássicas, outras não – são sempre uma grande atração e, nesse tipo de encontro informal, nunca sabemos o que vamos encontrar. Foi o caso da espanhola Derbi , uma cinquentinha tão especial que não é difícil alguém a confundir com uma motocicleta com cilindrada seis vezes maior.

Fui o segundo a chegar ao local, quase ao mesmo tempo do primeiro, com uma motocicleta igual à minha. Aí sentei no muro e vi que as motocicletas chegam, uma a uma. Essa é uma tática que tenho já há algum tempo para poder fotografar as motocicletas com mais espaço, mas nem sempre dá certo. Quando vou ver, elas já estão apertadinhas uma ao lado da outra.

Neste domingo, em especial, o Pacaembu ficou pequeno, quase não havia espaço para as motocicletas. Além das habituais, vieram as dois tempos, um enorme grupo de ciclistas e muitos automóveis ocupavam o espaço normalmente livre para as motocicletas. Havia também um encontro de automóveis antigos, que estavam arrecadando mantimentos para os desabrigados da enchente no litoral paulista, um encontro de Fuscas e um encontro de Mitsubishi Lancer (a maioria Evo).

Vi minhas queridas dois tempos (a maioria Yamaha DT 180, DT 200 e RD 350R ), entre elas uma super simpática Yamaha TT 125 e uma pioneira Yamaha RD 75 . A turma das big também estava lá. E uma Yamaha R5 , precursora da Yamaha RD 350 dos anos 70, à qual costuma-se atribuir o apelido de viúva negra.

Saindo de lá ainda fui dar uma olhadinha nos Chevrolet , era dia de Impala no Modelódromo do Ibirapuera , mas fui de motocicleta mesmo, pois cheguei tarde e a maioria deles já havia ido embora, comer o macarrão da “mamma”.

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