Um dia desses precisei fazer uma curta viagem. Na garagem, a poderosa Yamaha Tracer estava pronta para a jornada, e outras motocicletas e seus pilotos também me acompanhariam. Todas Yamaha MT-09 , a versão naked da Tracer.
Ao lado dela, no entanto, o versátil scooter Honda PCX 160 , veículo ideal para o uso urbano, parecia se sentir desprezado, já que o trajeto seria cumprido apenas por rodovias. Na última hora, no entanto, deixei a “motona” em casa e fui encontrar a turma de PCX. “O que é isso, vê se não atrasa a gente!”, chiou a turma, em tom de gozação.
Ao contrário, o valente scooter viajou todo o tempo na frente das motocicletas, mantendo os 120 km/h com extrema facilidade . Não que as motos não pudessem me ultrapassar, mas não precisaram.
O acréscimo de potência no Honda PCX 160 em relação à versão anterior (PCX 150) não foi tão percebido no uso urbano, feito na avaliação do modelo, na ocasião de seu lançamento - a não ser uma ligeira maior disposição em acelerar, por causa do maior torque - , mas a diferença na estrada foi bem notada. Isso porque o novo motor foi construído de forma a privilegiar a potência em maiores rotações, com o diâmetro do pistão aumentado de 57,3 mm para 60,0 mm, e curso reduzido de 57,3 mm para 55,5 mm.
Com isso, a cilindrada aumentou de 149,3 cm3 para 156,9 cm3 e a potência passou de 13,3 cv para 16,0 cv, com um ligeiro acréscimo na taxa de compressão. Essa maior potência foi muito bem-vinda na estrada, enquanto que o aumento do torque, de 1,38 kgfm para 1,50 kgfm, deixou a pilotagem em condições urbanas bem mais confortável e segura.
São três as versões do Honda PCX 160 2023: a de entrada PCX CBS , que tem o sistema combinado dos freios, tem a cor cinza e custa R$ 16.230; a intermediária PCX ABS, que tem sistema antitravamento na roda dianteira, tem a cor branca e custa R$ 17.850 e a versão PCX DLX , com ABS dianteiro, na cor azul com banco bege e custando R$ 18.270.