Apesar do tamanho, a BMW R18 é muito fácil de ser pilotada, dinamicamente falando
Gabriel Marazzi e Dudu
Apesar do tamanho, a BMW R18 é muito fácil de ser pilotada, dinamicamente falando

A BMW R18, a nova cruiser da marca alemã , é belíssima. Diga o que for, que não é o teu estilo, não é a tua marca ou então é muito cara… Não há quem não a reverencie, seja qual for o lugar onde paramos. Mesmo nas ruas, ou aguardando o semáforo, sempre tem alguém a acompanhando com os olhos até sumir no trânsito, muitas vezes não resistindo a um elogio.

A BMW R18 é mesmo tudo isso. Com um visual moderno, mas que revive os detalhes mais icônicos dos modelos da marca dos anos 50 , a R18 é a motocicleta que todos gostariam de ter. Mesmo que ela não fosse tão utilizada, porque, afinal, para que serve a BMW R18?

Apesar do tamanho, a BMW R18 é muito fácil de ser pilotada , dinamicamente falando, principalmente porque o piloto fica sentado a apenas 690 mm do solo. Isso lhe confere uma notável segurança em manobras, e, ao parar, sempre que o piloto apoia os pés no chão, a impressão é que “levantaram o chão”.

Por outro lado, o pequeno vão livre embaixo da motocicleta não permite uma pilotagem mais agressiva em curvas, porque os componentes inferiores raspam no asfalto.

Não é necessário, no entanto, tentar uma pilotagem desse calibre, pois a BMW R18 não foi feita para isso. Com um motor bicilíndrico de pistões opostos (boxer) com cilindrada de 1.802 cm3, a potência de 91 cv nem é tão relevante, mas sim o torque de 16,1 kgfm já nas 3.000 rpm , o que lhe permite um rodar extremamente suave e vigoroso em baixas velocidades.

Delícia na estrada, se não tiver muitas curvas (mesmo assim, ela não faz feio, viu?), a posição de pilotagem é boa, porém não é a melhor para longas distâncias. Aquela posição relaxada das Harleys e Indians também não condizem com a BMW R18, pois os dois enormes cilindros à frente das pernas não permitem ao piloto esticá-las para a frente.

Se há poucas críticas à motocicleta, logicamente respeitando o seu estilo e compromisso, uma delas é justamente a posição do pé esquerdo ; ele fica apertado entre o pedal do câmbio e o descanso lateral, quando este está fechado (em movimento, logicamente ele estará fechado). Com uma bota alta, é preciso procurar o seu lugar na hora de fazer trocas ascendentes de marcha. Sim, existe o pedal para trás também, para trocas ascendentes apertando com o salto da bota, mas quem é que lembra que isso existe?

Motocicleta minimalista ao extremo, uma segunda crítica seria a total falta de previsão para uma eventual bagagem, mesmo para uma curta distância , o que foi o meu caso. Precisei prender uma bolsa leve no banco do garupa e prender os esticadores nas laterais do para-lama traseiro de aço. Logicamente, tomei o cuidado de utilizar esticadores com ganchos de plástico.

Essa, no entanto, não chega a ser uma reclamação - seguindo o que eu disse há pouco - que é o respeito ao estilo e ao compromisso da motocicleta . Acho que se alguém quiser fazer uma viagem longa com a BMW R18 isso será perfeitamente possível – e agradável – , devendo haver um meio mais adequado de levar bagagem. Alforjes, quem sabe. De qualquer forma, a BMW R18 é uma motocicleta para ser curtida. Em todos os aspectos.


    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!