Antes de contextualizar a Yamaha XJ6 , vamos é necessário entender o seu background. Motos vêm, motos vão, e as naked , que de certo modo seguem o estilo das tradicionais motocicletas dos anos 70, estão em alta. Mas não foi sempre assim. Com a evolução dos modelos mais potentes e esportivos, vimos nos anos 80 uma proliferação de motocicletas equipadas com carenagens, que enfeitavas os modelos para maior eficiência aerodinâmica ou, em alguns casos, apenas para valorizar sua aparência.
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Lá pelos anos 90, as superesportivas “mandavam ver” pelas ruas e estradas, até que a onda naked surgiu. Motocicletas de alto desempenho, a grande maioria com motores quadricilíndricos como a Yamaha XJ6N , começaram a ser vistas por aí sem a carenagem, ou porque ela já havia sido destruída em um tombo, ou então porque havia sido retirada justamente para sua preservação. Começa, então, a onda das streetfighters, nakeds derivadas de esportivas para um tipo de diversão na qual a proteção aerodinâmica não se fazia necessária.
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Uma das primeiras streetfighters a ter estrondoso sucesso foi a Honda CB 600F Hornet, que chegou e fins dos anos 90 na Europa e poucos anos depois no Brasil, compartilhando o motor de quatro cilindros da superesportiva Honda CBR 600RR . Visualmente, as naked se aproveitam da beleza de sua mecânica à mostra para cativar seus admiradores.
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A história da Yamaha XJ6 também é bastante interessante. Partindo da superesportiva YZF 600R, mais conhecida como R6, surgiu a Yamaha Fazer 600 , ou FZ6, uma naked com quadro de alumínio de desempenho explosivo. Com o objetivo de se criar uma naked mais acessível, surgiu então a Yamaha XJ6, com motor amansado, quadro convencional de aço e com um excelente casamento entre conforto de pilotagem e agilidade urbana.
Apesar de a tecnologia ter elevado muito o padrão dos motores mais estreitos como os bicilíndricos e os tricilíndricos, os motores de quatro cilindros nunca perderam sua aura, e é justamente essa a maior virtude da Yamaha XJ6N.
Yamaha XJ6N: ao ataque!
O DOHC de 16 válvulas e 599 cm3 tem potência de 77,5 cv, valor razoável para uma condução emocionante, porém longe do desempenho de uma superesportiva de mesma cilindrada. O torque de 6,1 kgfm, no entanto, garante uma pilotagem tranquila, sem exigir demais do câmbio de seis marchas. Resumindo, a XJ6N é extremamente dócil, oferecendo um conforto de pilotagem bastante superior ao das esportivas, assim como a posição do piloto e a suavidade dos comandos.
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O visual é atual, seguindo fielmente o estilo das streetfighters, com a pequena cobertura de farol em forma de escudo e com painel de instrumentos com velocímetro digital e conta-giros analógico.
A Yamaha XJ6N , que está disponível nas cores cinza fosco e azul metálico, sempre na versão com freios ABS, custa R$ 34.690.