O estilo minimalista da Husqvarna Vitpilen 701 é o seu destaque visual irreverente e que chama atenção
Alexandre Mondani
O estilo minimalista da Husqvarna Vitpilen 701 é o seu destaque visual irreverente e que chama atenção

Rodando pelas ruas de São Paulo com uma Husqvarna, é difícil não ser o centro das atenções ao parar em um semáforo. Cada um dos motociclistas que aguardam o trânsito voltar a fluir dá a sua olhada, às vezes discreta, mas na maior parte das vezes, entusiasmada e com grande dose de surpresa. Um piloto de scooter me seguiu por uns quatro semáforos até ter a oportunidade de me perguntar o máximo possível sobre aquela motocicleta de aparência inusitada e futurista.

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 – É uma Husqvarna Vitpilen! – preciso gritar para ele me ouvir. – É sueca, digo para alguns. – Sim, tem motor de um cilindro e 701 cm 3 de cilindrada! Big single! E por aí vai, despejando o que eu sabia de cor a respeito da ficha técnica da motocicleta.

 Mas preciso acelerar para conhecê-la melhor. A enorme “panela” que se forma no único cilindro, com aquele pistãozão subindo e descendo esbanjando energia cinética, não faz da Husqvarna Vitpilen 701 a melhor motocicleta para desfilar suavemente pela cidade. O motor parece só estar satisfeito em aceleração, forte aceleração. É quando surge o melhor dela. Na desaceleração, ao desenrolar o cabo (não tem cabo, é só força deexpressão), o cilindrão também mostra sua força, aplicando um freio-motor muito vigoroso. É motocicleta para testar extremos.

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Divulgação

Os instrumentos do painel da Husqvarna Vitpilen 701 estão agrupados em um círculo minimalista

 Rodar devagar por aí com a Vitpilen exige técnica e sensibilidade. Em baixas velocidades, é obrigatória a utilização de marchas baixas, mas a embreagem deve estar sempre sendo aplicada para se ter uma rodagem suave, sem trancos. Então, vamos acelerar.

 Um dos destaques da Vitpilen é o próprio motor, considerado o monocilindro mais potente do mundo. É derivado do motor da KTM Duke 690, com cilindrada de 692,7 cm 3 , potência de 75 cv e torque de 7,3 kgfm (a sueca Husqvarna foi comprada pela austríaca KTM). Esse motor tem duas as velas de ignição, para uma queima mais homogênea de combustível na câmara de combustão.

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A transmissão é dotada de controle eletrônico de tração desligável e o câmbio de seis marchas tem o sistema easy-shift, que permite trocar marchas ascendentes e descendentes sem usar a embreagem e sem precisar soltar o acelerador. As suspensões WP são reguláveis e os freios são Brembo.

O visual da Husqvarna Vitpilen 701

A rabeta da Husqvarna Vitpilen 710 é alta e curta, com a lanterna de led acoplada, sua marca registrada
Gabriel Marazzi
A rabeta da Husqvarna Vitpilen 710 é alta e curta, com a lanterna de led acoplada, sua marca registrada


 Quanto ao visual, sim, aí a Vitpilen não economiza em estilo. Com um conceito bem minimalista, a “flecha branca” (em sueco, vitpilen) atrai aqueles que curtem o básico: motor, banco e guidão. Este último, na motocicleta avaliada, era um acessório original da marca, mais alto que o de série, que usa uma mesa superior com dois semi-guidões ao estilo tomaseli.

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O original é mais ousado e compatível com a proposta da motocicleta, uma café racer futurista, mas o guidão mais alto a deixa mais confortável. O painel de instrumentos é igualmente simplista, circular e com as informações espremidas no centro.

 A Husqvarna é importada pelo grupo Power Husky, de São Paulo, e custa R$ 69.900.

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