Versão apimentada do Q5, a segunda geração do Audi SQ5, destaque da coluna desta semana, é o tipo de carro para quem curte esportividade e não pode abrir mão de ter um SUV para rodar com a família. Seu preço é de R$ 397.990, exatos R$ 100 mil a mais do que a configuração topo de linha do SUV do qual deriva.
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O gasto extra é justificado por um motor mais potente, acabamento diferenciado e equipamentos exclusivos, como o porta-copo climatizado do console e os recursos de condução semiautônoma, que fazem do Audi SQ5
não só um esportivo, mas um carro superior.
Em vez do 2.0 turbo de quatro cilindros e 252 cv do Q5, a série S traz um 3.0 V6 turbo com injeção direta de gasolina, expressivos 354 cv e ronco imponente, que só invade a cabine quando se pisa fundo no acelerador. O torque máximo de 50,9 kgfm surge a partir das 1.370 rpm. Em outras palavras, basta uma leve pressão no pedal da direita para o esportivo de quase duas toneladas entregar toda sua força e ser capaz de atingir 100 km/h em apenas 5,4 segundos, conforme anunciado pelo fabricante.
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Para dar conta do torque elevado, a Audi adotou um câmbio automático de oito marchas em vez do automatizado de dupla embreagem e sete velocidades utilizado pelo Q5. A caixa faz mudanças rápidas e suaves, independentemente do modo de pilotagem escolhido pelo condutor. A tração é integral e a direção, elétrica, com respostas diretas e leveza ideal para manobras.
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Audi SQ5: Foguete confortável
O consumo de combustível aferido durante o test-drive impressionou positivamente. A média combinada entre cidade e estrada foi de 7,5 km/l, fazendo uso do ar-condicionado e abusando da velocidade em algumas ocasiões... tá bom, foram em muitas ocasiões!
As suspensões do tipo multibraços mantêm o utilitário-esportivo nos trilhos mesmo em condições extremas e, até em pisos irregulares, não abrem mão do conforto.
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Para os ocupantes do banco de trás, há amplo espaço para as pernas e cabeça, além de comodidades como a saída de ventilação independente com regulagem de temperatura – o ar-condicionado é digital de três zonas. Quem viaja no meio, porém, tem o incômodo do elevadíssimo túnel central. O porta-malas tem um satisfatório volume variável, de 550 a 660 litros, conforme a inclinação do encosto do banco traseiro.
Como os demais carros esportivos da família S, o SQ5 traz o conta-giros em primeiro plano em um dos modos de exibição do belo quadro de instrumentos digital. Outras particularidades da versão esportiva são o volante multifuncional de base achatada e costuras contrastantes, pedaleiras cromadas, Alcantara no revestimento dos bancos e das laterais de porta, câmera 360 graus de auxílio a manobras (opcional de R$ 12 mil) e os assistentes de pilotagem semiautônoma.
Além do controlador adaptativo de velocidade de cruzeiro, que acelera e freia o carro sozinho, mantendo uma distância segura para o veículo à frente, o SQ5 tem o sistema traffic jam, que permite ao motorista ficar por alguns segundos sem as mãos no volante. O veículo é capaz até de fazer curvas suaves. Durante a avaliação, o recurso tecnológico assumiu o comando total do SUV por 46 segundos em um trecho de engarrafamento.
Bem recheada, a lista de itens de série do modelo inclui head-up display, rodas de liga leve de 20 polegadas, park assist, faróis e lanternas de led, câmera de ré de excelente resolução, chave presencial, botão de partida do motor com contorno vermelho, ajustes elétricos para os bancos dianteiros e coluna de direção, teto solar panorâmico e som Bang&Olufsen composto por 18 alto-falantes, dois tweeters e subwoofer. Tal como em outros “irmãos”, a central multimídia de 8,3 polegadas do Audi SQ5 fica devendo tela sensível ao toque.
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