O Honda HR-V não é o SUV mais vendido do Brasil na atualidade, mas tem grandes chances de ser o mais comentado do momento. Tudo graças ao anúncio do preço da nova versão Touring, topo de linha, que retorna ao portfólio do modelo em junho por expressivos R$ 139.900, equipada com motor 1.5 turbo a gasolina de 173 cv e equipamentos exclusivos, como botão de partida do motor e teto solar panorâmico.
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Valor salgado, entretanto, não é exclusividade dessa configuração. Desde a opção de entrada, LX, o Honda HR-V já chama atenção por custar R$ 94.400. Será que vale a compra? Para chegar a uma resposta, resolvi comparar a versão menos cara do modelo com um HR-V Touring seminovo, encontrado por essa mesma faixa de preço.
Equipamentos
Tanto o HR-V de entrada zero quilômetro quanto o usado topo de linha são equipados com o motor 1.8 flex de até 140 cv, combinado com câmbio CVT e tração dianteira. No LX, a transmissão não simula sete marchas como no HR-V Touring e também não conta com aletas atrás do volante para trocas sequenciais.
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Visualmente, o HR-V LX 2020 traz as mudanças visuais aplicadas à linha no ano passado. São novas a grade frontal cromada, os faróis de bloco elíptico com luzes diurnas de led, o parachoque com nicho maior para os faróis de neblina, além das rodas de liga leve de 17 polegadas e as lanternas, que agora são de led para todas as configurações.
No Touring usado, também há DRL, mas os faróis são de led. Rodas e design são de antes do facelift e mais atraentes na minha opinião, mas aí vai do gosto de cada um. A vantagem do modelo topo de linha seminovo está nos itens de série. Ele conta com bancos de couro, sensor e câmera de ré, acendimento automático dos faróis, sensor de chuva, central multimídia com tela sensível ao toque, ar-condicionado digital de duas zonas, duas entradas USB e uma entrada HDMI. No LX zero, só há uma tomada USB, câmera de estacionamento e nenhum dos outros recursos.
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Mas o HR-V LX tem uma vantagem técnica. Ele recebeu novo acerto de suspensões para evitar a batida seca de fim de curso ao passar por buracos ou lombadas. O isolamento acústico da cabine foi aprimorado e a transmissão CVT ganhou nova programação para ser mais suave nas saídas de semáforo, por exemplo. Atualizações que na prática deixaram o SUV bem mais agradável de dirigir.
Por terem o mesmo conjunto mecânico, o desempenho das duas versões é idêntico. São ágeis em acelerações, retomadas de velocidade e registram boas médias de consumo. O fato de ter aletas para trocas sequenciais deixa a pilotagem do Honda HR-V Touring usado um pouco mais prazerosa, mas vale lembrar que é um SUV mais duro em comparação ao zero-km. Igual e merecedor de elogios é o espaço interno das duas configurações. O banco traseiro dá conta de levar três adultos com conforto e o porta-malas de 437 litros comporta bastante bagagem.
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