Coloquei gasolina no tanque do meu Fusca, que ficar parado por um tempo. Então, fiquei na dúvida se colocava gasolina aditivada ou gasolina comum. Decidi pela aditivada. Ele está há 6 meses na garagem. Preciso dar uma ligada nele e estou preocupado se vai funcionar, se o carburador não está travado e entupido.
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A “belezinha” é um, 67, azul placa preta e às vezes descuido dele por causa de meus compromissos, mas lembrei que o tanque estava com gasolina aditivada. Liguei a bateria e, quando dei na chave, em alguns segundos ele pegou .
Entretanto, tenho as seguintes dúvidas : a gasolina aditivada que coloquei no Fusca evita uma dor de cabeça quando estou nesta situação? A gasolina aditivada dura mais que a gasolina comum? Preciso drenar o sistema de combustível quando for deixar o carro parado por muito tempo ou é melhor deixar o tanque cheio e evitar um mal maior? Qual seria a melhor prática?
Resposta do engenheiro mecânico Eduardo Sala Polati
A primeira coisa que precisamos entender é que a gasolina envelhece com o tempo, e este processo é chamado de oxidação. Este tempo é reduzido quanto mais álcool tiver na mistura de gasolina, pois o álcool disponibiliza oxigênio de sua própria molécula para esta reação.
Este processo é inevitável, mas a presença de um aditivo detergente na gasolina aditivada pode retardar substancialmente o seu envelhecimento. Além disso, esta aditivação protege o motor e o sistema de combustível contra corrosão e formação de depósitos.
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As gasolinas aditivadas de hoje recebem uma concentração generosa de detergentes e que são funcionalmente benéficos ao uso em carros antigos ou de pouco uso. Aditivos de prateleira para gasolina, aqueles que a gente compra e adiciona ao tanque, só serão benéficos quando optamos por abastecer o carro com gasolina comum, sem aditivo.
Assista ao video acima e saiba mais sobre as recomendações do especialista em combustíveis e lubrificantes, o engenheiro Eduardo Polati, Professor de motores da Escola de Restauração de Veículos Antigos.
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Eduardo Sala Polati é Engenheiro Mecânico, Mestre em Energia e Propulsão, especialista em Combustíveis e Lubrificantes. Trabalhou em empresas do grupo Shell no Brasil, Shell Research e Shell Global Solutions na Inglaterra onde coordenou equipe de desenvolvimento de Produtos e Serviços para a Escuderia Ferrari de Fórmula 1. Apaixonado por carros e por motores, adepto a preservação da história e arte veicular, faz parte do quadro de professores da Escola de Restauração de Veículos Antigos da Associação Clube do Carro Antigo – ACCASC
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