Um dos maiores destaques da edição recente do Salão do Automóvel estava no estande da Volkswagen.  A dupla Virtus e Polo GTS monopolizou a atenção dos visitantes com uma visão esportiva e cheia de estilo. Ambos estavam como conceitos, mas já sabemos que devem ganhar as ruas já no ano que vem, bem parecidos com a versão conceitual exposta no São Paulo Expo, entre os dias 8 e 18 de novembro. Então, por que não relembrar o lendário Gol GTS?

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Para todo fã da marca alemã a sigla GTS é algo sagrado. GT e GTI também, claro, mas cada um em seu momento. O Gol GTS substituiu o GT em 1987, com um novo estilo e a mesma receita que fazia muita gente torcer o pescoço nos anos 80 até pelo ronco que saia pelo escapamento cujo abafador tinha lã de vidro para ajudar a dar um tom mais grave. 

Esse fenômeno voltou a acontecer com a chegada da versão ao mundo dos clássicos. Com trinta anos de história passa a merecer, no caso do mínimo de 80% de originalidade, a placa de coleção. E mesmo com vários casos de irregularidade, como tudo por aqui, o proprietário de um veículo original deve sim correr atrás da sua. 

Mais detalhes do Gol GTS

VW Gol GTS: exemplar muito bem conservado está com rodas BBS autênticas, que ficaram bem no esportivo nacional
Renato Bellote/iG
VW Gol GTS: exemplar muito bem conservado está com rodas BBS autênticas, que ficaram bem no esportivo nacional


Antes de falar do carro da matéria, vale destacar também que a famosa sigla esteve na tampa traseira de um dos meus carros preferidos: o Passat GTS Pointer . Lançado em 1983 inicialmente com motor de 1,6 litro logo recebeu o aclamado 1.8 S para fazer diferença nas ruas e estradas.

O  clássico da coluna de hoje é um GTS de 1993. A versão seria fabricada até 1994 quando daria lugar ao TSi, menos idolatrado por conta do motor igual ao dosirmãos de linha. Mas o modelo quadrado realmente tem uma legião gigantesca de fãs, especialmente por conta do motor com comando bravo (049G) e carburação dupla (Solex Pierburg). 

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As diferenças do GTS para a versão GL 1.8 ainda inclui relações de marchas mais curvas do câmbio manual de cinco marchas, uma curva de avanço diferente do distribuidor e até uma direção mais direta, que condiz com o comportamento mais esportivo. São alterações dos tempos em que as versões esportivas tinham um acerto condizente. 

Externamente esse carro traz também um diferencial importante: as rodas BBS de 15 polegadas, diferentes das originais, mas que ficaram perfeitas nessa impecável e rara unidade pintada de verde escuro metálico.  Curiosamente as caixas de roda dos anos 90 são pequenas, o que gera um efeito visual muito interessante.

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Os bancos Recaro com largos apoios laterais para adjuar a segurar o corpo nas curvas e o volante “4 bolas” convidam a acelerar o Gol GTS. E logo vemos que o ronco do escapamento Kadron se torna mais grave com a entrada no segundo estágio. Sensações bem legais que gosto de transmitir aos leitores da coluna. Divirtam-se.

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