Versão Standard era muito utilizada nas frotas dos governos
Renato Bellote
Versão Standard era muito utilizada nas frotas dos governos

A década de 60 foi muito importante para o mercado brasileiro de automóveis. Nesse período, a indústria nacional se desenvolveu e começou a criar seus próprios modelos e referências que fariam parte da vida dos consumidores pelos próximos anos.

A Ford apresentou o Galaxie em 1967. O modelo trazia luxo , elegância e muito requinte, além do padrão de dimensões dos clássicos norte-americanos. A resposta da Chevrolet chegou no ano seguinte com o Opala . Porém, a GM apostou no estilo europeu do Opel Rekord com a mecânica da matriz americana para criar uma receita muito interessante.

Esta combinação logo se mostrou muito bem aceita pelos consumidores. As versões com seis cilindros e quatro cilindros emplacaram nas vendas e caíram no gosto do consumidor. A chegada da carroceria cupê, em 1972, juntamente com a versão esportiva e bastante desejada SS , ajudaram o Opala a se consolidar no mercado.

Mas além das luxuosas e esportivas, o Opala também trazia outras opções, digamos, mais comuns. A versão Standard , como o nome sugere, não trazia acessórios e contava apenas com um interior espartano . Basicamente, era um carro pensado para o trabalho e com confiabilidade mecânica. Estes dois “ingredientes” sempre foram boas qualidades do modelo, motivos pelos quais deram ao carro o merecido sucesso até hoje.

É o caso deste belo exemplar da matéria de hoje. No começo da década de 80, o Opala passou por um facelift. Ele ficou mais ajustado com o design do momento e se preparava para entrar com força na nova década. Inclusive, a mudança de painel ocorreria no ano seguinte, com grafismos mais modernos.

Esta unidade é de 1982 e traz uma configuração clássica que era a predileta de muitas prefeituras do interior do país . Conta com rodas de ferro com calotas , banco inteiriço e transmissão de três velocidades na coluna . Um veículo que parecia normal e comum, mas que foi se tornando raro com o passar dos anos. Hoje em dia, é difícil ver um desses em bom estado de conservação .

Debaixo do capô, temos o confiável motor de quatro cilindros de 2,5 litros, que dá conta do recado. Guiar um carro com essa configuração é extremamente prazeroso , com destaque para o conforto e funcionamento suave do conjunto. Uma rara e simples combinação que funciona, mesmo após 40 anos de estrada .


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