O Tiggo7 pede passagem no reino dos SUVs, como terceiro modelo da Caoa Chery nesse segmento. O Tiggo2 foi só o aperitivo. Bonito e acessível, foi o carro que colocou a marca chinesa Chery no jogo do mercado, agora com a assinatura Caoa dando uma base sólida para os clientes.
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O Tiggo2, entretanto, ainda usa a plataforma do compacto Celer e não chega a empolgar em seu comportamento dinâmico. Como carro de mercado é uma boa compra, devido ao seu custo/benefício. Antes do Tiggo 7 veio o Tiggo5x, este sim feito sobre uma plataforma moderna e com apelo de aventura, para concorrer diretamente com os SUVs compactos do mercado.
O Tiggo7, entretanto, apresentado na versão TXS, topo de linha, mostra que a Caoa Chery está pronta para crescer. O carro usa uma plataforma moderna e surpreende em todos os sentidos. Tem suspensão independente nas quatro rodas, freios a disco também na traseira, um acabamento de couro caprichado, espaço interno honesto, motor turbo de 1,5 litro e, acima de tudo, um visual impecável.
No mundo dos carros, beleza se põe à mesa, sim. Não há politicamente correto quando se trata de dizer se um carro é bonito ou feio. E o Tiggo7 é bonito. Por suas qualidades construtivas, o Tiggo7 pode ser considerado um marco para a Caoa Chery, pois sinaliza o desejo da montadora que tem duas fábricas (Anápolis e Jacareí) de ser grande. Ainda este ano, a Caoa Chery pode terminar em 11º lugar no ranking geral de vendas. Não é pouco.
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Na guerra dos equipamentos, todos os carros chineses costumam ser competitivos. E os da
Caoa (sejam Chery ou Hyundai) mais ainda. Porém, muitos equipamentos são pouco utilizados pelos motoristas no dia-a-dia. As pessoas gostam de saber (ou dizer) que o carro tem isso ou aquilo, mas nem sempre utilizam.
Tiggo 7 x Compass
Por isso, o que realmente diferencia o Caoa Chery Tiggo7, além dos atributos já citados acima, é a sua parte mecânica. Para dar uma ideia, com um motor pequeno, o Tiggo7 turbo flex consegue brigar em desempenho com o Jeep Compass 2.0a gasolina. O Tiggo7 1.5 T (R$ 106.990) compete em preço com o Compass Sport 2.0 (R$ 111.990) e o Tiggo7 TXS (R$ 116.990) briga com o Compass Longitude (R$ 127.990).
A relação peso/potência do Tiggo é apenas 0,2 kg/cv menor, mas a relação peso/torque do Tiggo é bem melhor: 6,8 kg/Nm contra 7,6 kg/Nm. Na prática, o Tiggo7 é mais ágil no trânsito. Por isso, na briga do consumo, o Tiggo7 também leva vantagem na cidade: faz 9,7 km/l de gasolina contra8,8 km/l do Compass. Na estrada eles são iguais: 10,9 km/l para o Tiggo e 10,8 km/l para o Compass.
Mas tais números e esse comparativo superficial (mostrado aqui somente para mostrar que o
lançamento é competitivo) não farão do Tiggo7 um campeão de vendas. Enquanto o Compass
deverá vender 60 mil unidades este ano, o Tiggo7 não passará de 6 mil, se chegar a isso. Ou
seja: apenas 10% do volume do líder do segmento.
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A Jeep, porém, é uma marca consolidada. Assim como o Compass e o Renegade, juntos, fizeram da Jeep a marca líder em SUVs, a chegada do Tiggo7 reforçará a estratégia da Caoa Chery, iniciada com o Tiggo2 e continuada com o Tiggo5x, para ocupar um naco importante do mercado brasileiro. A gama dos SUVs chineses fabricados em Anápolis estará completa quando chegar o Tiggo8, ainda este ano.