Ford EcoSport 2018 ganha cara nova, que inclui grade frontal ativa e faróis auxiliares de neblina em todas as versões
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Ford EcoSport 2018 ganha cara nova, que inclui grade frontal ativa e faróis auxiliares de neblina em todas as versões

Ficou bem claro que a versão renovada do Ford EcoSport vai lutar pelas primeiras posições na lista dos SUVS compactos mais vendidos, mas focado no custo-benefício. Fazia tempo que não assumia o volante do utilitário esportivo da marca americana e deu para notar que, apesar de não ter mudado muito por fora, o carro evoluiu com as novidades tanto na parte mecânica quanto estrutural. Resta saber se, somado aos pacotes de itens de série mais recheados, essa evolução será suficiente para desbancar os rivais.

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Não há como negar que a renovação do Ford EcoSport foi caprichada. No caso da versão FreeStyle 1.5, com novo câmbio automático de seis marchas (R$ 86.490), que avaliamos em trecho rodoviário na região do Cabo de Santo Agostinho (PE), o primeiro ponto que chamou atenção foi a questão do conforto. Já começa pelo volante de três raios, revestido de couro, regulável em altura e profundidade. Os bancos também mudaram, com nova estrutura, o que garante manter os ocupantes bem acomodados, mesmo em viagens mais longas.

Agrada também a nova central multimídia Sync 3, com tela de 8,3 polegadas, sensível ao toque, de alta resolução, compatível com Apple Car Play e Adroid Auto e preparada para não deixar marcas de dedo. Fica bem posicionada, tem funcionamento rápido, vem com GPS e representa um enorme salto na comparação com o singelo mostrador do EcoSport anterior, ainda com a primeira geração do sistema Sync. O ar-condicionado digital, com sete ajustes possíveis, incluindo três apenas do modo automático, também merece elogios, bem como a duas entradas USB no console, iluminadas em com 2 amperes, para carregar mais rápido o celular. Boas também são as hastes atrás do volante para trocas de marchas sequenciais (em cerca de 0,8 segundo) e o novo quadro de instrumentos com tela de TFT.

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Mas as laterais das portas ainda continuam sendo de plástico, assim como no EcoSport anterior, sem as mudanças. Outros pontos também levam a uma sensação de dejà vu , como as maçanetas das portas (também de plástico) e os generosos retrovisores. Com o para-brisa acústico e com a inclusão de defletores de ar, conseguiram reduzir o ruído de vento com o carro em movimento, mas ainda é possível notar algum assovio em velocidades mais altas. Entretanto, o carro se mostrou silencioso durante o teste drive, o que também é mérito do novo conjunto mecânico que inclui o câmbio automático de seis marchas, com relações bem escalonadas (vindo a 100 km/h, em sexta, o motor gira a meros 2.400 rpm).

Acelerando o novo Eco 1.5 3C

SUV vem com controle eletrônico de estabilidade e sistema anticapotamento de série, mas é bom ter cautela nas curvas
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SUV vem com controle eletrônico de estabilidade e sistema anticapotamento de série, mas é bom ter cautela nas curvas


Também causou boa impressão o inédito motor 1.5, de três cilindros, capaz de gerar 137 cv e 16,2 kgfm de torque, sendo que 85% dessa força já está disponível a 1.500 rpm. Com isso, dá para notar que o carro mostra ter boa disposição desde as primeiras marcações do contagiros. Acelere e o giro sobe bem rápido, atingindo os 6.500 rpm de regime de potência máxima. Se você não acionar as hastes para trocar de marcha, ao atigir esse patamar o sistema faz a troca sozinho com aquele ronco grave, característico dos motores tricilíndricos.

Na comparação com o EcoSport anterior, de fato, o novo câmbio automático, de seis marchas, faz trocas mais suaves, outro item que contribui com o conforto. Porém, afora um pouco mais de força em rotação mais baixa, o desempenho se manteve igual. De acordo com a fabricante, a aceleração de 0 a 100 km/h pode ser feita em 11,8 segundos, com máxima de 180 km/h. O que a linha 2018 leva vantagem é no consumo de combustível, fazendo 11,6 km/l na cidade e 13 km/l na estrada, com gasolina, ante 10,2 km/l e 12,1 km/l, respectivamente, do Eco 1.6 Sigma. Entre outros itens, a grade frontal ativa, que é aberta ou fechada, conforme a necessidade, ajuda na eficiência energética do carro.

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Interior mudou bastante e está bem mais evoluído e confortável que o do EcoSport anterior

O conjunto de suspensão recebeu novas buchas e maior curso do eixo dianteiro, o que fez com que passasse a absorver as irregularidades do piso com 15% a mais de eficiência, de acordo com a fabricante, que também diz que o volante perdeu 40% de aspereza. Com isso, mais uma vez, o carro trasmite uma sensação de mais conforto ao dirigir. Mas não vai ser tão raro o sistema eletrônico de estabilidade (ESP) entrar em ação, uma vez que não é exatamente em trechos sinuosos, cheios de curvas, que o EcoSport se sente bem à vontade. A rolagem da carroceria foi reduzida em 6%, mas ainda deve ser um fator a ser levado em conta. Portanto, embora o carro tenha vários sistemas de segurança (inclusive, dispositivo anti-capotamento), é bom ter certa cautela.

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No cômputo geral, deu para notar que foram adotadas boas melhorias no Ford EcoSport para tentar reconquistar a liderança do segmento de SUVs compactos. Mas sabe que a atual geração do carro tem algumas limitações, como o espaço interno um pouco menor que o de alguns concorrentes (porta-malas de 362 litros) e o estepe na traseira, que já caiu em desuso. Apoia-se na generosa oferta de itens de série. Entre outros equipamentos, todas as versões contam com sete airbags, controle de estabilidade, multimidia Sync 3, volante revestido de couro, nova arquitetura eletrônica , porta-luvas bipartido, faróis auxiliares de neblina, além de um conjunto mecânico bem acertado.

*viagem feita à convite da Ford do Brasil

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