O Equinox chegou em setembro de 2017 com o objetivo de fazer frente ao Jeep Compass que, aos poucos, já começava a dominar o mercado. À época, o modelo foi oferecido apenas na versão mais cara, a Premier, e só ganhou um pacote mais barato LT meses depois. Agora que o SUV médio da Chevrolet já tem certa “gordura” no mercado, a marca optou por ampliar o repertório.
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A principal novidade da linha 2020 fica por conta do motor 1.5, turbo, de quatro cilindros, que passará a equipar três versões do SUV médio que começarão a chegar às lojas até março de 2020. Além disso, o carro ganha a série Midnight - já lançada nos modelos S10 e Tracker - que corresponderá a 10% das vendas do Equinox no Brasil.
Dessa forma, a nova linha do Equinox para 2020 será composta pelas versões 1.5 LT (R$ 129.990), 1.5 Midnight (R$ 131.990), 1.5 Premier (R$ 154.990) e 2.0 Premier (R$ 162.990). A antiga versão LT com motor 2.0 foi descontinuada.
A pista de testes da GM em Indaiatuba (SP) tem 4,6 km de extensão, reproduzindo condução em situações extremas. Há trechos de asfalto liso, irregular, poroso, buracos e paralelepípedos para avaliar a suspensão, conforto e estabilidade do Equinox. Para um primeiro contato na pista, optamos pela versão 1.5 Premier .
Ela se difere dos modelos LT e Midnight não apenas pela extensa lista de equipamentos adicionais - como teto panorâmico, alerta de colisão frontal e banco com regulagens elétricas - mas também pela tração integral.
Tocada na pista
O Equinox 2.0 traz o mesmo motor turbo do Camaro de entrada nos Estados Unidos, entregando 262 cv de potência. É o SUV mais “cabeçudo” da categoria, superando por muito alguns modelos premium (como BMW X1, de 192 cv, e o Volvo XC40, de 140 cv). O problema, para mim, sempre esteve no acerto de suspensão e na rolagem da carroceria.
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Para um SUV que pode acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 7,6 segundos, o Equinox 2.0 merecia mais rigidez em curvas, mesmo com a tração integral. Dessa forma, o modelo 1.5 turbo, de 172 cv (o primeiro da história da GM no Brasil) traz uma sensação bem mais equilibrada.
São 27,8 kgfm de torque, disponíveis entre 2.500 a 4.500 rpm, para assegurar que o Equinox 1.5 também seja um carro bem ágil em retomadas - mérito do câmbio de seis marchas, com trocas rápidas e suaves - mas pegue leve nas curvas. Basta girar o volante em velocidade para que a rolagem da carroceria envie todo o peso para o lado oposto.
Se o balanço lateral da suspensão (independente McPherson na dianteira e multibraços na traseira) ainda deixa a desejar no sentido dinâmico, o Equinox 1.5 parece mais ponderado enquanto filtra as irregularidades do solo. Nos pontos de asfalto poroso, o SUV manteve a compostura, assim como nas ondulações que reproduzem ruas mal conservadas.
Conforme os dados do Inmetro, o Equinox 1.5 é capaz de aferir 9,5 km/l na cidade e 11,7 km/l na estrada - marcas até 8,3% melhores que o Equinox 2.0 (8,4 km/l e 10,1 km/l, respectivamente).
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Com o Equinox Premier 2.0, a Chevrolet atacava na fatia do segmento que corresponde a 18% dos emplacamentos. Após o lançamento do novo 1.5 turbo, o SUV passa a se enquadrar nos 67% de maior volume, junto de Compass, Tiguan, Sportage e Eclipse Cross. Portanto, podemos esperar que o volume de 500 emplacamentos mensais cresça no desenrolar da próxima década.
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Ficha técnica
Preço: R$ 154.990
Motor: 1.5, quatro cilindros, turbo, gasolina
Potência (cv): 172 cv a 5.600 rpm
Torque (kgfm): 27,8 kgfm de 2.500 a 4.500 rpm
Transmissão: Automática, seis marchas, tração integral
Suspensão: Independente (dianteira) / multibraço (traseira)
Freios: Discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira
Pneus: 235/50 R19
Dimensões: 4,65 m (comprimento) / 1,84 m (largura) / 1,69 m (altura), 2,73 m (entre-eixos)
Tanque : 59 litros
Consumo: 9,5 km/l na cidade e 11,7 km/l na estrada
0 a 100 km/h: 9,2 segundos