O mundo está cada vez mais globalizado. Ah, lá vem o jornalista com uma frase senso comum, mas isso tem se tornado cada vez mais frequente no mundo das revelações automotivas. Está aí o novo SUV da Citroën , um modelo que será revelado no dia 27 de abril. E o evento será em simultâneo com o Brasil e a Índia, dois dos mercados em que o carro terá maior importância. Não foi diferente com o próprio C3.
Previsto para ser lançado no terceiro trimestre , o modelo é inspirado no projeto do novo C3, e deve resgatar o nome ou sobrenome Aircross, que também foi usado pelo antigo derivado aventureiro do hatch da Citroën - que se chamava C3 Picasso na versão "on road". A produção nacional será na fábrica da marca em Porto Real, Rio de Janeiro. De acordo com a fabricante francesa, o carro foi projetado no Brasil.
Ao contrário do hatch, o novo automóvel vai ser bem maior, algo que é possibilitado pela plataforma modular. Com espaço para até sete pessoas, o SUV é um concorrente e tanto para o Chevrolet Spin renovado.
Na prática, trata-se do primeiro derivado do projeto C3, pois um sedã compacto ainda está a caminho e pode ser revelado ainda em 2023. O três começa a fazer cada vez mais sentido.
Em nome da economia de escala, capô, portas e outros elementos devem ser os mesmos do C3, que já tem um ar de mini SUV . A sensação de tamanho (os fabricantes chamam isso de "”size impression") é diferente, uma vez que é um modelo mais alto e comprido. O balanço traseiro é o ponto que será mais esticado, afinal, não tem como embutir uma terceira fileira sem recorrer a essa mudança. Os franceses chamariam essa parte de "derrière".
Como ninguém quer que a família ou passageiros sofram de claustrofobia, há duas janelas traseiras para iluminar a terceira fileira. No entanto, versões de cinco lugares também serão oferecidas . Será uma opção para aqueles que desejam porta-malas acima de tudo.
Quanto aos motores, o Autos Segredos já antecipou - o site também revelou a data de lançamento e cedeu as belas fotos de flagra - que o Citroën terá duas opções. A primeira vem da prateleira da marca francesa: o conhecido 1.6 aspirado, unidade que deve gerar os mesmos 120/113 cv e 15,7/15,4 kgfm, sendo que o quatro cilindros pode vir acompanhado do câmbio manual de cinco marchas ou pelo automático de seis velocidades.
A grande novidade vem da Fiat . Não se trata de generosidade à italiana, é apenas algo que está cada vez mais comum entre as empresas do gigantesco grupo Stellantis . É o já conhecido 1.0 turbo usado pelo Pulse e outros membros da família. Com 130/125 cv e 20,4 kgfm, o três cilindros deve sempre vir com caixa automática do tipo CVT. É um conjunto mecânico que ainda não está disponível no C3.
Quanto ao nível de equipamentos, a novidade terá airbags laterais , algo que faz falta no hatch, e pode ter acabamento aprimorado. Nem é necessário falar que um painel digital maior seria algo bacana, uma vez que a telinha do quadro de instrumentos do C3 não oferece sequer conta-giros. O ar-condicionado também poderia ser digital, mas temos que lembrar: nem tudo será possível, devido ao fato de que há um preço a ser mantido. E ele pode ficar entre R$ 90 mil e R$ 120 mil. E quanto ao Cactus? Talvez o atual SUV da marca tenha um futuro espinhoso .