Com vendas em baixa e fora das normas antipoluentes, a Honda Lead 110 deixa de ser produzida em Manaus (AM)
Divulgação/Honda
Com vendas em baixa e fora das normas antipoluentes, a Honda Lead 110 deixa de ser produzida em Manaus (AM)

Com as exigências do Programa de Controle da Poluição do Ar Por Motociclos e Veículos Similares (PROMOT 4), muitas motos saírão de linha por não se adequarem às regras de emissão de gases poluentes. A Honda já retirou alguns de seus modelos de linha, tirando as motocicletas Honda Lead 110 e CB 1000R de seu site, indicando o fim de suas vidas nas concessionárias do Brasil.

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A marca atribui o fim das vendas ao PROMOT 4 e explica que as normas da segunda fase do programa são mais rígidas do que a legislação na Europa. Dessa forma, terão que tirar de linha a Honda Lead 110 e CB 1000 R. Em breve, a CBR 600RR e a GL 1800 Gold Wing também deixarão o País – só constam no site da fabricante porque algumas concessionárias ainda têm unidades em estoque, embora a importação já tenha sido interrompida.

Tanto a Lead 110 quanto a CB 1000R vendidas no Brasil vinham da linha de montagem da empresa em Manaus (AM) e sua produção foi encerrada no final de 2016. No caso da scooter Lead 110, outro fator pesava para o seu fim. Com baixo volume de vendas, sem aparecer entre os 10 modelos mais vendidos do ano passado, enquanto a PCX 150, maior e mais cara, teve 22.539 unidades emplacadas.

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Por ter uma participação melhor no mercado, a naked Honda CB 1000R pode voltar como modelo 2018, quando receber alterações mecânicas para reduzir o nível de emissão de poluentes.
Divulgação/Honda
Por ter uma participação melhor no mercado, a naked Honda CB 1000R pode voltar como modelo 2018, quando receber alterações mecânicas para reduzir o nível de emissão de poluentes.

O caso é bem diferente para a CB 1000R. Foi a quarta naked mais vendida de 2016, com 1.509 unidades, um bom volume para uma moto dessa categoria e que era vendida por cerca de R$ 46 mil. Por isso, a Honda não descarta trazer a CB 1000 de volta como modelo 2018, após atualizar a mecânica para conseguir se adequar às exigências da lei brasileira. Porém, até que consigam mudar o motor, terá que ficar fora do Brasil.

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Mercado em queda

Da mesma forma que o segmento automotivo, o mercado das motos está ruim. Segundo os dados da Fenabrave, 67.606 unidades foram emplacadas em janeiro, 29,74% a menos do que as 96.266 motos do mesmo mês do ano passado. Se comparado com dezembro, o desempenho do primeiro mês de 2017 foi 19,19% menor. O fim de modelos como a Honda 110 Lead e CB 1000R contribui nessa queda – não que a fabricante tenha problemas, já que a CB 500 é a segunda naked mais vendida e lideram o segmento de scooters com a Biz, a Pop 110 e PXC 150.

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