Os preços dos combustíveis não param de aumentar e o brasileiro precisa recorrer a métodos visando equilibrar as contas. Dentro desse contexto, as motocicletas têm sido uma saída na busca por veículos mais econômicos.
Um levantamento exclusivo do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) mostrou que em março houve um aumento de 64,7% no interesse por tirar a carteira de habilitação na categoria A (moto). Foram 2.002, contra 1.214 no mês anterior.
Ainda de acordo com a entidade, esse é o maior número registrado desde janeiro de 2020, quando 2.104 habilitações foram emitidas. Esse crescimento em março coincide com a alta na gasolina de 6,9% no período, e atualmente está, em média, na casa dos R$ 7,32 por litro.
Só para efeito de comparação enquanto motos , scooteres e motonetas podem rodar até 50 km com apenas um litro de combustível, um carro popular dentro das melhores condições circula em média de 14 a 19 km/l com a mesma quantidade do combustível.
Além disso, estes veículos de duas rodas trazem outras vantagens como menor custo de manutenção, facilidade no deslocamento, usá-la no dia do rodízio municipal, não paga estacionamento entre outras comodidades.
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O administrador de empresas Marcos Bueno, de 57 anos, é um desses condutores que optou pela moto mesmo com um carro na garagem. Ele utiliza a motocicleta no dia a dia para se deslocar de casa ao trabalho.
Morador da zona leste da capital, Bueno roda 220 km semanalmente até a zona central da cidade. São 44 km diários . " Se eu fosse trabalhar com o carro, eu gastaria 2h30 por dia no trânsito. De moto, são 40 minutos ", afirma.
Além do tempo, a economia no combustível também é enorme. Com a motocicleta, o administrador de empresas gasta 1,5 litro/dia de combustível.
"Se eu utilizasse o carro, seriam 6 litros
. Assim, uso o meu automóvel somente para viajar com a família ou para percursos mais curtos, como uma ida ao mercado ou ao shoopping ", completa.