VW T-Cross Comfortline: versão mais simples do SUV compacto tem suas qualidades,mas já passa dos R$ 116 mil
Cauê Lira/iG Carros
VW T-Cross Comfortline: versão mais simples do SUV compacto tem suas qualidades,mas já passa dos R$ 116 mil

Desde seu lançamento em 2019, o VW T-Cross Comfortline 200 TSI ficou R$ 16 mil mais caro. O motivo, claro, é seu reposicionamento no mercado. Agora que a Volkswagen conta com um novo SUV de entrada , o Nivus , elevar o preço do T-Cross era natural. A versão que andamos hoje parte de R$ 116.890. Mas será que ela continua tão interessante quanto antes?

O T-Cross Comfortline poderia ter mais equipamentos. Pela faixa de preço, o modelo merecia ter alguns dos opcionais como itens de série, como bancos revestidos em couro e acendimento automático dos faróis. O cliente também não poderá incluir o painel de instrumentos 100% digital, item exclusivo da versão Highline. 

Ao menos o teto-solar está garantido com o pacote Sky View, que inclui luzes de leitura, retrovisor eletrocrômico e sensores crepuscular e de chuva. Neste caso, seu T-Cross Comfortline ficará R$ 5.230 mais caro, elevando o preço para R$ 122.120.

Conforto para a família

O acabamento do SUV é simples, sem muita variedade nos materiais. Os plásticos são de boa qualidade, assim como os irmãos Polo e Nivus. Os painéis das portas são igualmente despretensiosos, contando apenas com os apoios de braço revestidos de tecido.

Apesar de ser menor que o Chevrolet Tracker , com 4,19 metros de comprimento ante 4,27 m, o T-Cross tem mais espaço interno. Sua distância entre-eixos é de 2,65 metros, contra 2,57 m do modelo da General Motors. Este fator reflete diretamente no espaço para os ocupantes do banco traseiro, principalmente quando são mais altos.

Seu porta-malas de 373 litros não supera os 393 litros de capacidade do Tracker, mas a diferença não chega a ser um abismo. O T-Cross continua se mostrando adequado para uma família com filhos pequenos que gosta de viajar sem muito aperto nos feriados.

A versão tem central multimídia com pareamento para Apple CarPlay e Android Auto. No pacote de segurança, destaque para os seis airbags (frontais, laterais e cortina), controle de estabilidade, sensor de fadiga e assistente de partida em rampa.

No toque

O T-Cross é um carro muito gostoso de dirigir. A direção elétrica é suave, facilitando manobras mais complexas com o raio de giro de 10,8 metros. É fácil encontrar a posição ideal, graças ao volante multifuncional com ajustes de altura e profundidade.

O motor 1.0 TSI, de três cilindros, desenvolve 128 cv de potência e 20,4 kgfm de torque a 2.000 rpm. Apesar dos números positivos, o T-Cross tem um atraso considerável na hora de responder aos comandos do motorista no acelerador. Este ”lag” incomoda bastante na hora de fazer ultrapassagens rápidas ou sair guiando em uma subida.

O câmbio de seis marchas também é compartilhado com Nivus e Polo, e tem a característica de dar um leve solavanco na hora de reduzir da quarta para a terceira marcha. Isso fica muito perceptível nas reduções antes de frear no semáforo, mas no geral, o conjunto tem funcionamento suave.

A versão Comfortline conta com aletas para trocas de marcha atrás do volante, apesar do SUV não chegar perto de ter apelo esportivo. O recurso faria muito mais sentido no Volkswagen Jetta , que sempre teve essa proposta. 

Os números de consumo são satisfatórios. Segundo o Inmetro, o T-Cross 1.0 pode aferir 7,4 km/l na cidade e 9,6 km/l na estrada com etanol. Na gasolina, os números sobem para 10,9 km/l e 14 km/l, respectivamente. Graças ao tanque de 50 litros, o SUV compacto tem autonomia máxima de 700 km, ainda comforme o Inmetro.

Conclusão

O T-Cross Comfortline é um dos destaques da categoria, mas o preço ficou salgado. Por R$ 116.890, o SUV da Volkswagen merecia mais equipamentos de série e acabamento mais caprichado. O público, entretanto, está disposto a pagar uma boa cifra por ele.

Não à toa, o T-Cross é o SUV mais vendido do Brasil , acumulando 52 mil emplacamentos entre janeiro e novembro de 2020, ajudado pela versão para PcD. De qualquer forma, modelo deverá fechar o ano na liderança, encostado no rival Jeep Renegade.

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Ficha técnica:

Motor: 1.0, quatro cilindros, flex, turbo

Potência: 128 cv (E) / 116 cv (G) a 5.500 rpm

Torque: 20,4 kgfm a 2.000 rpm

Transmissão: Automático, seis marchas, tração dianteira

Suspensão: Independente, McPherson (dianteira) / eixo de torção (traseira)

Freios: Discos ventilados (dianteiros) / sólido (traseiros)

Pneus: 205/55 R17

Dimensões: 4,20 m (comprimento) / 1,75 m (largura) / 1,57 m (altura), 2,65 m (entre-eixos)

Tanque: 52 litros

Porta-malas: 373 litros

Consumo gasolina: 7,6 km/l (cidade) / 9,5 km/l (estrada), com etanol e 11 cidade e 13,5 km/l na estrada, com gasolina

0 a 100 km/h: 10,4 segundos

Velocidade máxima: 184 km/h

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