A Volkswagen lançar uma edição comemorativa de um carro em alusão ao Rock in Rio é quase tradição . Gol , Fox e Saveiro receberam essas versões no passado, e com o festival acontecendo em 2024, foi a vez do Polo Track receber essa variante, podendo a versão mais interessante da gama de entrada da Volkswagen ; confira os motivos na avaliação.
O que o Polo Track Rock in Rio traz de diferencial?
Baseado no Polo Track convencional, o Rock in Rio poderá ser identificado de longe por conta da pintura preta na tampa do porta-malas, teto preto, adesivo nas laterais, e até a cor Vermelho Sunset, antes disponível somente para o Polo com o visual atualizado e Nivus .
Internamente, os bancos são diferenciados e contam com costuras em tom de azul, a inscrição Rock in Rio e um apoio de cabeça estilizado com o nome do festival e a tradicional guitarra da logomarca. O painel também ganhou acabamento em preto brilhante e um adesivo com a marca do festival.
Entretanto, a grande estrela cabine é a multimídia VW Play de 10 polegadas, que chega acompanhada de dois alto-falantes extras, totalizando seis. Esse equipamento é oferecido somente no Polo TSI , que custa R$ 103.990, enquanto a quantidade de alto-falantes é a mesma do Polo Highline , de R$ 120.790.
Custando R$ 92.990 (na cor branca) ou R$ 94.640 nas opções vermelha ou cinza, o Polo Track Rock in Rio se mostra uma boa opção, principalmente considerando o Polo Robust , voltado para o público agro, que custa R$ 89.990 e não oferece rádio, e o Polo Track “convencional”, que parte do mesmo preço, mas traz rádio e volante com comandos de som. Pagar R$ 3 mil a mais por uma bela central multimídia parece um ótimo negócio, e quem gosta de um bom sistema de som e tecnologia, irá valorizar essa versão.
É um Polo Track, para o bem e para o mal
A ideia com o Polo Track é ter um carro de entrada, portanto, o modelo acaba devendo alguns itens disponíveis no Polo TSI , por exemplo, como sensor de estacionamento traseiro e câmera de ré , equipamentos que seriam muito bem-vindos no Track Rock in Rio , mas provavelmente aumentariam demais o preço da versão. Além disso, o modelo traz o banco traseiro inteiriço, o que para algumas pessoas pode ser um ponto negativo.
O motor é o conhecido tricilíndrico 1.0 MPI de 84 cv e 10,3 kgfm de torque no etanol e 77 cv e 9,6 kgfm de torque na gasolina. Os números são bem modestos quando comparados com o 170 TSI de 116/109 cv e 16,8 kgfm de torque, mas não decepcionam. Como em todo carro de entrada, é necessário entender a proposta, e o conjunto mecânico do Polo com motor MPI é bem satisfatório.
O único ponto de desafino pode ser na calibração do acelerador. Em alguns momentos, geralmente em marcha muito elevada e em velocidade de cruzeiro, tentar fazer uma retomada sem reduzir marcha passa a impressão de que a central do carro não entendeu o seu comando e o aumento das rotações é um pouco demorado. A aceleração de 0 aos 100 km/h acontece em 13,4 segundos com etanol, e pode parecer muito, mas o objetivo aqui não é correr, e sim ser econômico.
Segundo o Inmetro , as médias de consumo com etanol são de 9,4 km/l na cidade e 10,8 km/l na estrada. Com gasolina, as médias sobem para 13,7 km/l em ciclo urbano e 15,2 km/l em ciclo rodoviário. Durante o teste, o Polo Track alcançou 12 km/l na estrada com etanol e ar-condicionado ligado, ótimas médias.
No mais, o conjunto todo é muito bem equilibrado. A direção elétrica é muito bem ajustada e precisa, sendo bem confortável e fazendo a condução do Polo Track ser até prazerosa. Os ajustes do banco do motorista são bem amplos e atendem quem gosta de uma posição de dirigir mais baixa ou mais elevada.
Vale a pena?
Por R$ 92.990 , o Polo Track Rock in Rio conquista pelo bom acerto dinâmico, economia de combustível, ótimo sistema de som e pela multimídia de 10 polegadas, a maior entre os carros compactos.
Entretanto, o Chevrolet Onix e o Hyundai HB20 já contam com seis airbags de série, enquanto o Polo traz somente quatro. O sul-coreano já oferece multimídia de 8 polegadas e câmera de ré na versão Comfort Plus, que parte de R$ 92.390, e o Onix traz esses itens na versão LT MT de R$ 96.990.
O Citroën C3 já traz central multimídia de 10” e câmera de ré por R$ 88.990, o Peugeot 208 traz o mesmo conjunto por R$ 97.990.
A decisão aqui é complexa; o cliente que optar pelo prazer em dirigir ou uma central multimídia mais completa, terá no Polo uma ótima opção, entretanto, é inegável que os apliques em pintura preta e os adesivos chamam mais atenção no dia a dia, então quer quer passar despercebido, terá mais dificuldade.
Quem prefere uma exclusividade, terá no Polo Rock in Rio
um modelo muito interessante. Entretanto, a própria Volkswagen
já oferece a central VW Play
de 10 polegadas como opcional para o Polo
Track
, ao custo de 1.600 reais, totalizando R$ 91.590
na cor preta (não disponível no Rock in Rio).
Pensando em valorizar a edição especial, faria mais sentido oferecer a central somente após a venda do Polo Rock in Rio , já que o equipamento faz a versão ser a melhor oferecida pelo hatchback.