A Stellantis segue na ofensiva visando a eletrificação de seus modelos e a meta audaciosa de que em 2030 metade dos veículos vendidos pelo grupo na América do Norte sejam elétricos a bateria (BEV).
Nesse sentido, a empresa firmou um acordo para que a Controlled Thermal Resources (CTR) forneça hidróxido de lítio, um dos elementos utilizados na produção de baterias de íons-lítio , utilizada em carros elétricos .
A CTR é uma empresa especializada em minerais de lítio e produção de energia renovável e se compromete a fornecer “lítio sustentável”.
Através do Projeto Hell’s Kitchen na Califórnia, a CTR irá recuperar o lítio de salmouras geotérmicas (águas salgadas subterrâneas ou de lagoas) em um processo que não necessita de evaporação das lagoas de salmoura, minas a céu aberto ou combustíveis fósseis no processo.
“Na luta contra o aquecimento global , reforçar nossa cadeia de fornecimento de veículos elétricos a bateria é absolutamente crítico. Garantir que tenhamos um suprimento de lítio robusto, e de baixo carbono nos permitirá cumprir nossos planos agressivos de produção de veículos elétricos de maneira responsável” disse Carlos Tavares, CEO da Stellantis.
“Este acordo definitivo com a Stellantis estabelece uma nova referência para a indústria automotiva nos Estados Unidos. Garantir o lítio limpo produzido com energia de um recurso renovável ajuda a descarbonizar ainda mais a cadeia de suprimentos de baterias, e oferece carros mais limpos com menos impacto ambiental.” disse Rod Colwell, CEO da CTR.
A CTR irá fornecer até 25 mil toneladas métricas de hidróxido de lítio anualmente, ao longo de 10 anos de contrato. Na Europa, o conglomerado de fabricantes também possui um acordo de termos similares para fornecimento de materiais para produção de baterias para veículos elétricos.
A Stellantis irá converter uma fábrica da Chrysler/Dodge no Canadá para a produção de veículos elétricos e recentemente anunciou acordos com Samsung e LG para o fornecimento de baterias para seus veículos elétricos.
Os planos da Stellantis são de vender 5 milhões de veículos elétricos por ano até 2030, sendo que na Europa, esperam que até o final da década todos seus modelos vendidos sejam elétricos, e na América do Norte esse número seja de 50%.