A Citroën revelou o conceito Oli (pronuncia-se all-e), modelo que estuda servir como um veículo comercial, praticamente uma picape, mas compacta. As maiores premissas por trás do projeto são o baixo custo e a sustentabilidade.
Pela primeira vez, a Citroën mostra um veículo com o novo logotipo da marca , que dá início a uma nova fase da fabricante . Focará em produtos com maior potencial de concentrar volumes de vendas mais expressivos.
Neste sentido, o Oli é um ótimo representante, já que segundo a Citroën, o conceito é fabricado com materiais reciclados .
O modelo é descrito pela fabricante como um laboratório sobre rodas, e seu visual é bastante fora do padrão.
Repleto de linhas verticais, o capô e o parabrisa são completamente retos, na dianteira há ainda uma espécie de quebra-mato em dois elementos, e os faróis tem o formato de “C”.
Na lateral, os vidros traseiros de tamanho diferente chamam a atenção, assim como os arcos de porta recortados, e uma parte dos faróis e lanternas traseiras ocupando uma parte da carroceria.
Os tradicionais “air bumps” da Citroën estão presentes na base das portas dianteiras. As portas inclusive são do tipo suicidas, para proporcionar um acesso mais fácil aos bancos traseiros.
A estrela do conceito é a parte traseira, onde há uma pequena caçamba envolvida em papel cartão, sendo acessível através do vidro traseiro deslizante.
O compartimento tem altura de 58 cm, o comprimento de 68 cm e largura de 94 cm. A tampa traseira pode ser utilizada na horizontal, e os bancos traseiros rebatidos, para ampliar o espaço de carga.
Por falar nos bancos, eles são produzidos em Poliuretano Termoplástico (TPU) e o centro dos bancos é produzido em impressoras 3D.
O interior é simples e bastante horizontal, e possui apenas cinco botões, para ativação de itens como ar condicionado e desembaçador, por exemplo.
As informações são dispostas em uma tela na base do para brisa, chamada de “Smartband” que é controlada através de um joystick posicionado no volante.
O interior do Oli foi pensado para consumidores modernos, e já vem com uma posição de apoio de celular e USBs integradas.
A Citroën não informou números de potência, nem quantos motores estão instalados no conceito, entretanto, o modelo tem consumo de energia de 10 kWh a cada 100 km percorridos, e a fabricante declara 400 km de autonomia.
As baterias são de 40 kWh, e carregam de 20 a 80% em apenas 23 minutos, apesar de não ter sido divulgado em qual tipo de carregador.
O Oli ainda permite funcionar como um gerador, através das tecnologias Veículo para a rede, onde o carro fornece energia para a rede elétrica, e Veículo para carga, permitindo que equipamentos elétricos sem conectados ao carro.
Segundo a Citroën, a ideia é que o Oli não seja substituído, e sim reformado. Unidades do Oli que eventualmente não terão mais condições de trafegar, se tornariam doadores de peças.
De acordo com a fabricante, o Oli é apenas um estudo de design, mas os franceses esperam ver as idéias, detalhes e avanços apresentados no Oli em futuros modelos de produção. Esse pensamento é reforçado por Pierre Leclercq, chefe de design da Citroën:
“Não faz sentido propor materiais e desenhos interessantes, diferenciados, que nunca irão causar influência em veículos de produção.”