Citroën ë-C3 compartilha quase todas as peças da carroceria com versão a combustão, para-lama dianteiro direito ganhou porta para recarga adicional
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Citroën ë-C3 compartilha quase todas as peças da carroceria com versão a combustão, para-lama dianteiro direito ganhou porta para recarga adicional

O novo Citroën C3 é a cartada da Stellantis para reposicionar a fabricante francesa no segmento de veículos de entrada. O projeto do veículo foi pensado visando mercados emergentes como Brasil e Índia , sempre buscando um preço acessível. No país asiatico, o compacto acaba de receber uma versão elétrica , que chegará no Brasil em breve.


Atualmente, os carros elétricos mais baratos do Brasil são bem menores que o eC3 , que custa na Índia o equivalente a R$ 72.200 na versão Live e R$ 76.020 na versão Feel, que fica mais cara com a opção de coloração bicolor.

Por lá, o principal rival do C3 elétrico no momento será o Tata Tiago , mas em breve, o  Renault Kwid E-Tech chegará ao país. Quando o modelo chegar por aqui, a tendência é que a concorrência seja maior, e dependendo do preço, poderá competir até com os  Peugeot e-2008 e e-208, que são mais caros, mas também mais potentes.

Por falar em potência, o Citroën C3 elétrico oferece um motor de 57 cv e 14,6 kgfm de torque, o que garante aceleração de 0 a 60 km/h em 6,8 segundos e a velocidade máxima é de 107 km/h . Esses números o colocam abaixo do Kwid , que entrega 65 cv e 11,5 kgfm de torque e tem velocidade máxima limitada em 130 km/h. 

Motorização pode decepcionar quem aguarda o C3 elétrico. Rivais tem motores que partem de 61 cv
Reprodução/Citroën
Motorização pode decepcionar quem aguarda o C3 elétrico. Rivais tem motores que partem de 61 cv

O mais importante em um carro elétrico é a autonomia , que segundo a Citroën indiana é de 320 km, graças às baterias com 29.2 kWh de capacidade (maiores que as do Renault). Mas vale lembrar que a medição brasileira é diferente do padrão indiano, então espera-se uma autonomia diferente por aqui. 

As dimensões são as mesmas do modelo equipado com motor a gasolina, inclusive o porta-malas de 315 litros de capacidade se manteve. Porém, o peso é bem maior, são 1.716 kg, contra 1.152 kg do modelo convencional, o que com certeza atrapalha a autonomia.

O modelo pode ser recarregado em equipamentos de corrente alternada (AC) ou corrente contínua (DC) . O primeiro tipo de recarga é mais lento e tem velocidade máxima de 3,3 kW, em uma tomada doméstica, por exemplo, a recarga de 10 a 100% leva cerca de 10,5 horas . Em estações de recargas rápidas (DC) leva 57 minutos para a bateria ir de 10 a 80% .

As únicas diferenças do C3 a combustão para o e-C3 são a ausência de escapamento. Na versão elétrica, o bocal de reabastecimento se tornou um de recarga, que também pode ser encontrado no para-lama dianteiro direito. No interior, a mudança mais significativa é a ausência de alavanca de câmbio, que foi substituída por um seletor de marchas.

Citroën C3 elétrico possui quase o mesmo interior do modelo a gasolina, seletor de marchas é principal diferença
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Citroën C3 elétrico possui quase o mesmo interior do modelo a gasolina, seletor de marchas é principal diferença

As versões Live e Feel elétricas e gasolina possuem os mesmos equipamentos, com a Feel contando com a multimídia de 10,2 polegadas sensível ao toque e conexão com Apple CarPlay e Android Auto . Entretanto, uma exclusividade do C3 elétrico é o aplicativo MyCitroen Connect , que permite, por exemplo, monitorar o carregamento do veículo, a localização, comportamento do condutor e localização de estação de recarga mais próxima.

Na Índia, ele terá garantia de 3 anos ou 130 mil km para o veículo, 100 mil km para o motor e 7 anos ou 140 mil km para as baterias. Segundo a Citroën, o modelo será exportado para outros mercados, provavelmente com o Brasil incluído. 

Emblema
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Emblema "e" antes do C3 localizado na tampa traseira e sob os retrovisores ajudam a identificar versão elétrica

Apesar do C3 a combustão ser produzido na planta de Porto Real, até o momento não há registro da fábrica ter sido adaptada para a produção de veículos eletrificados, então ele deverá mesmo ser importado, assim como seus rivais.


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