Caminhões elétricos podem ser produzidos no Brasil em breve
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Caminhões elétricos podem ser produzidos no Brasil em breve

No meio corporativo, a sigla ESG (Governança ambiental, social e corporativa) vem ganhando muita força. Dependendo do segmento, os consumidores querem empresas alinhadas com a sustentabilidade, um dos métodos de melhorar seus índices de ESG é investindo em veículos elétricos. Pensando nisso, a chinesa XCMG trouxe o cavalo-mecânico E7-49T, o primeiro 100% elétrico do segmento disponível no país. O veículo tem preço de R$ 1,3 milhão. 

Sua primeira aparição nacional foi durante a Agrishow, no início de maio, e chama a atenção por conta do seu pacote de baterias, instalado atrás da cabine e que acaba sendo mais alto que a carroceria do modelo.

As baterias são de ferro fosfato de lítio e contam com 282 kWh, e podem ser recarregadas em equipamentos de corrente contínua (DC) em pouco mais de uma hora, nas palavras da fabricante.

Há também a opção de substituição do pacote de baterias. Apesar do nome sugerir uma operação complexa, a fabricante afirma que as células de baterias estão alocadas em um único conjunto, e basta apenas uma empilhadeira simples para auxiliar na substituição das baterias, um processo que leva “pouco mais de seis minutos”.

O E7-49T é equipado com um motor elétrico síncrono de imãs permanentes, de 482 cv de potência e 204 kgfm de torque máximo e a velocidade máxima é de 84 km/h. 

XCMG E7-49T tem pack de baterias logo atrás da cabine
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XCMG E7-49T tem pack de baterias logo atrás da cabine


Enquanto carros elétricos não possuem câmbio, o caminhão elétrico conta com uma caixa automatizada de quatro velocidades. Segundo a fabricante, as relações auxiliam a economizar energia nas arrancadas.

O motor fica posicionado no centro do caminhão e a força é enviada para as rodas traseiras através do eixo cardã, uma configuração tradicional. Segundo a XCMG, a ideia é fazer com que a estrutura de eixos e suspensão do modelo seja a mais parecida possível com a existente no mercado, facilitando eventuais manutenções.


O caminhão elétrico não emite gases poluentes enquanto funciona, mas se torna ainda mais eficiente quando comparado com um equivalente a diesel. Em média, um cavalo-mecânico emite 750 gramas de dióxido de carbono por km rodado. Um veículo que roda 300 km por dia, irá emitir 225 kg de CO2 em um dia, e no fim do mês esse número será de 5,85 toneladas.


As vantagens continuam na usabilidade do dia a dia, já que os modelos elétricos não emitem ruído e não contam com vibração do motor, proporcionando uma usabilidade mais fácil.

Como se espera, o interior é de plástico rígido, mas traz um belo painel digital
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Como se espera, o interior é de plástico rígido, mas traz um belo painel digital

O E7-49T conta com sistemas ativos de segurança como aviso de saída de faixa, frenagem semiautomática de emergência, e controle de estabilidade eletrônica.

XCMG E7-29R custa um pouco mais e tem peso bruto menor
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XCMG E7-29R custa um pouco mais e tem peso bruto menor

Há também o E7-29R, que tem Peso Bruto Total homologado de 29 toneladas, e as mesmas especificações mecânicas do 49T. Curiosamente, ele custa R$ 1,35 milhão, R$ 50 mil a mais, apesar de levar menos carga.

A XCMG ainda oferece uma linha com plataformas, empilhadeiras e caminhões de mineração, todos exclusivamente elétricos. 

Os caminhões da XCMG podem não ser conhecidos pelo público geral, afinal, a produção da empresa é focada em veículos de uso específico como máquinas pesadas, escavadeiras e guindastes, mas os chineses operam no Brasil desde 2004, e com fábrica local desde 2014. 

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