A Ferrari adquiriu um Xiaomi SU7 Ultra para estudos técnicos relacionados à sua futura plataforma elétrica.
O carro chinês foi visto saindo da sede da fabricante italiana, em Maranello, na Itália, nesta segunda-feira (28), conforme imagens publicadas no Instagram e no Weibo e relatos de blogueiros automotivos.
O influenciador “Sopa de sagu em Bolonha” afirmou que o veículo foi “oficialmente adquirido” para pesquisa interna.Outro blogueiro, “Zurich Beileye”, acrescentou que executivos da Ferrari visitaram a sede da Xiaomi no ano passado para tratar de possíveis colaborações tecnológicas.
Usuários também registraram um protótipo camuflado nas imediações da fábrica, descrito como plataforma de testes elétrica com escapamentos falsos, indicando avanço no projeto do primeiro modelo totalmente elétrico da marca, previsto para ser apresentado em outubro e lançado na primavera de 2026.
Estratégia em revisão
Apesar de manter o cronograma do primeiro elétrico, a Ferrari decidiu adiar para 2028 o lançamento de seu segundo modelo a bateria, inicialmente planejado para o fim de 2026.
Segundo fontes ouvidas pela Reuters, a mudança reflete a “falta de uma demanda real e sustentável” por esportivos elétricos de luxo.
Além do ajuste estratégico, a fabricante pretende usar o tempo extra para desenvolver tecnologias próprias e ampliar a competitividade de sua futura linha elétrica.Cenário global
O setor de esportivos de luxo enfrenta dificuldades semelhantes. A Lamborghini postergou para 2029 seu primeiro elétrico, enquanto a Porsche reduziu metas após vendas fracas dos SUVs Macan e Taycan. A Maserati cancelou a versão elétrica do superesportivo MC20.
O segundo elétrico da Ferrari é visto internamente como o primeiro modelo totalmente alinhado à estratégia tradicional da marca, com produção estimada entre 5 mil e 6 mil unidades em cinco anos, um plano considerado “insustentável” no cenário atual.