O consumo de combustível elevado pode ser perdoado quando o carro em questão entrega desempenho. Gostamos de usar o Sandero R.S. como exemplo. Apesar de aferir 5,9 km/l na cidade quando abastecido com etanol, conforme o Inmetro, o hatch esportivo da Renault é uma referência de equilíbrio, desempenho e dinâmica de pista. Outros, por outro lado, fazem por merecer um lugar entre os carros mais gastões que não andam nada.
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São vários os outros exemplos de carros mais gastões que também irão entregar muito desempenho ao proprietário: Audi RS3, BMW M2 e Mercedes A45 AMG para mencionar alguns, se enquadram perfeitamente nessa categoria. Mas hoje, em mais uma lista do iG Carros, você conhecerá cinco modelos beberrões que andam pouco.
1 - Hyundai Veloster 1.6 - 2012
O Veloster merece um dossiê à parte. Ele desembarcou no Brasil em 2011, com a proposta de ser um hatch esportivo abaixo dos R$ 100 mil. Mas no fim das contas, o Grupo CAOA optou por trazer apenas a sua versão 1.6, equipada com câmbio automático, de seis marchas.
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Apesar das expectativas, não demorou muito tempo até que o público se tocasse que o Veloster não era tão veloz como o seu nome sugeria. O motor 1.6 entrega apenas 128 cv e 16,1 kgfm a 4.850 rpm. É o mesmo conjunto mecânico que, um ano depois, começou a equipar as versões mais caras do Hyundai HB20. Com essa configuração, o Veloster acelerava de 0 a 100 km/h em nada empolgantes 12,8 segundos. Portanto, o problema do modelo da marca corena e aparentar ser um foguete, mas ter desempenho decepcionante.
Assim, o consumo do Hyundai atee que é aceitável. Fica na casa dos 10,5 km/l na cidade e 13,9 km/l na estrada, conforme o Inmetro. Longe de ser ruim, mas está abaixo para um carro que tem proposta esportiva. Além disso, o carro não aceita etanol.
2 - Fiat Argo 1.8 HGT AT - 2018
A Fiat resgatou o nome HGT da versão esportiva do Brava, na virada do século. Com motor 1.8, ele era capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 9,5 segundos, antes de atingir a velocidade máxima de 200 km/h. O Brava HGT é pouco lembrado, uma vez que foi ofuscado pelo Fiat Marea Turbo como o esportivo mais icônico da Fiat, mas tem o seu devido valor na indústria.
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Quinze anos depois, o nome HGT volta a aparecer na linha da Fiat. Mas o Argo acabou não atendendo às expectativas dos órfãos dos esportivos da Fiat (os modelos T-Jet e Abarth foram descontinuados). O motor 1.8 entrega 139 cv e 19,3 kgfm a 3.750 rpm, com câmbio automático, de seis marchas. Para acelerar de 0 a 100 km/h, o carro precisa de apenas razoáveis 10,4 segundos, ficando bem abaixo do que se espera de um esportivo. Conforme o Inmetro, o Argo faz 10 km/l na cidade e 12,8 km/l na estrada com gasolina, números que passam para 7,8 km/l e 9,2 km/l com etanol, respectivamente.
3 - Mitsubishi Pajero TR4 2.0 4x4 - 2014
O Pajero TR4 também é conhecido como um carro beberrão. Trata-se de um SUV com motor 2.0 antigo, datado dos anos 90. Por ter tração 4x4 e câmbio automático, de apenas quatro marchas, a questão do consumo de combustível também é afetada. E apesar de suas características inegáveis para o off-road, o modelo não vai tão bem no asfalto.
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Se um Pajero TR4 estiver na sua frente, dê a seta para a esquerda e ultrapasse. O motor 2.0 entrega 140 cv de potência e 22 kgfm a 4.500 rpm, e se mostra insuficiente para empurrar um SUV de quase 1,5 tonelada. Ele leva longos 15 segundos para chegar aos 100 km/h, e não faz questão de queimar combustível no processo. Conforme o Inmetro, o TR4 faz 6,8 km/l na cidade e 8,2 km/l na estrada, com gasolina, No etanol, os números baixam para preocupantes 4,8 km/l na cidade e 5,8 km/l na estrada.
4 - Ford Fiesta 1.6 SE - 2018
A Ford atualizou o Ka, seu modelo mais vendido no Brasil, e decidiu instalar o novo motor 1.5, de três cilindros, na versão topo de linha. É o mesmo conjunto mecânico das versões básicas do EcoSport, fabricado em Taubaté (SP). Por conta disso, o Fiesta está cada vez mais sendo tocado para escanteio, preservando o motor 1.6 Sigma que já ficou desatualizado em relação do novo motor 1.5, de três cilindros, bem mais eficiente.
O Fiesta 1.6 SE entrega 128 cv de potência e 16 kgfm a 5.000 rpm. Com câmbio automatizado Powershift, a aceleração de 0 a 100 km/h pode ser feita nada empolgantes 12 segundos. O consumo é razoável, aferindo 8,2 km/l na cidade e 10 km/l na estrada. Com gasolina, os números sobem para 12 km/l na cidade e 14,6 km/l na estrada, conforme o Inmetro.
5 - Peugeot 408 Limited 2.0 AT - 2012
O Peugeot 408 é um dos sedãs médios que menos vendem no Brasil. Atualmente, ele possui um bom câmbio automático de seis velocidades que não deixa qualquer saudade do sistema anterior, de apenas quatro. Sim, caro leitor, a história do câmbio de quatro marchas se repete, transformando o 408 2.0 Limited em um dos modelos que mais gastam e menos andam que se tem notícia.
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O motor 2.0 entrega 151 cv e 22 kgfm a 4.000 rpm. Apesar dos bons números, o sedã da marca francesa, fabricado na Argentina, vai de 0 a 100 km/h em 11,9 segundos. O consumo de combustível também é elevado entre os carros mais gastões , aferindo 7,9 km/l na cidade e 11,6 km/l na estrada, com gasolina. No etanol, o Inmetro diz que o 408 2.0 Limited faz desanimadores 6,1 km/l e 7,6 km/l, respectivamente.