Era uma vez Carroll Shelby. No início dos anos 60, o piloto texano decidiu abandonar as pistas, para nos bastidores, importar os AC Cobra — carros britânicos extremamente leves — e colocar motorzões Ford V8, com o 427 (7 litros) — de 425 cv na versão para as ruas e 485 cv para as pistas — no topo da cadeia. Os tempos mudaram, o downsizing chegou, só que malucos como Carroll não pararam de surgir. Eis que, entre eles, um dono de VW Up! conseguiu colocar — sabe-se lá como — um motor VR6, de seis cilindros, no pequeno cofre.
LEIA MAIS: Voyage Plus mantém aparência original, mas com motor de 300 cv
Maximilian Schachermayr, um austríaco apaixonado por subcompactos, motores grandes e aspirados, resolveu unir tudo isso e mais um pouco no seu VW Up! . E todos foram testemunha no último encontro de Volks da Worthersee GTI Meet, com o projeto que já era de conhecimento de alguns do meio. Equipado com a variante de 2,8 litros, o motor rende entre 180 cv e 200 cv, junto a um coletor de escapamento de alto fluxo e filtro de ar esportivo. Talvez a escolha por esse motor, e não o 3.2 VR6 da linha R32, tenha sido puramente o espaço físico no cofre.
Entre as modificações estéticas, apesar do visual não tão “sleeper”, preservou a maioria dos componentes originais do hatch. Optou pelos amortecedores a ar e as rodas Gotti g1001 deep-lip com cambagem negativa, bem como se observa o roll cage (santantônio) no interior. Além disso, um insulfilm blackout mantém os curiosos a admirar apenas o exterior. Fica aí uma receita para os apaixonados por carros tunados .
Você viu?
LEIA MAIS: Toyota Prius recebe motor V8 de mais de 1.000 cv no SEMA Show
VW Up! TSi com até 160 cv, aqui no BR
Se você tem um Up! TSi , mas falta cara e coragem (e dinheiro) para instalar um VR6, vale lembrar das preparações que os donos do subcompacto têm feito aqui no Brasil. Mesmo sem alterar o motor 1.0 TSi original, dele é possível extrair resultados expressivos. Com isso, as diversas remapeadoras no mercado costumam dividir os pacotes de performance em “ Stages ”, que junto ao reacerto da central eletrônica de injeção em todos eles, componentes extras são decisivos para agregar desempenho e diferenciar um “ Stage ” do outro.
Umas extraindo mais, outras menos, as remapeadoras costumam dividir em até dois “ Stages ”, a partir de algo em torno dos R$ 1.500. Dos 105 cv e 16,8 kgfm declarados originalmente, o 1º nível de preparação consiste em — além do remap — instalar um filtro de ar de alto fluxo dentro da caixa original, rendendo uma potência na casa dos 140 cv de motor e dos 22 kgfm.
LEIA MAIS: Aceleramos o raro Fiat Coupé no Autódromo de Interlagos. Assista ao vídeo
Enquanto isso, no “ Stage 2 ”, o sistema de captação de ar original é substituído por um modelo para performance, com maior fluxo (composto por filtro esportivo + intake ), além da instalação de uma saída da caixa quente da turbina mais dimensionada ( downpipe ), mais os abafadores de alto fluxo. Com isso, é possível extrair algo entre 150 cv e 160 cv, para 23 kgfm, dependendo da coragem e competência da preparadora — pois há relatos de que houveram uns VW Up! com mais de 160 cv (uns até com o turbocompressor do Golf 1.4 TSi) cuspindo biela por aí.