Quando Eike Batista era considerado o maior empresário brasileiro de todos os tempos, uma foto publicada pela Revista Veja deu o que falar. Ele sorria em sua sala de estar, acomodado ao lado de um belo um pastor-alemão. Ao fundo, dois superesportivos estavam estacionados no recinto, como se fizessem parte da decoração: um Mercedes-Benz SLR McLaren e o Lamborghini Aventador branco.
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O primeiro foi vendido em 2014, após o filho do empresário ter matado um ciclista dois anos antes no Rio de Janeiro. Talvez isso explique a depreciação do superesportivo, avaliado em R$ 2,7 milhões, porém repassado por R$ 750 mil. O Lamborghini Aventador , por outro lado, poderá ser seu.
O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, autorizou que um lote de bens apreendidos pela operação Lava Jato seja leiloado entre os dias 4 e 18 de julho. Entre eles, uma lancha que pertenceu ao ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral; uma fazenda de seu operador, Carlos Miranda e o Lamborghini Aventador de Eike.
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Vale lembrar que o Aventador conta com motor 6.5 V12 de disposição central-traseira. O modelo é capaz de desenvolver 700 cv de potência e 70 kgfm de torque, enviados às quatro rodas através do câmbio automatizado de sete velocidades. É força suficiente para arrancar de 0 a 100 km/h em míseros 2,9 segundos, antes de atingir a velocidade máxima de 350 km/h. De acordo com a Polícia Federal, o superesportivo de R$ 2,2 milhões está bem conservado.
Outros escândalos
Todos os carros de Eike Batista dão o que falar, independentemente de quem está ao volante. Para refrescar a memória, em meados de 2015, o então juiz federal Flávio Roberto de Souza foi flagrado dirigindo um Porsche Cayenne que foi apreendido na garagem do empresário em uma das operações da Lava Jato.
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Antes de ser sentenciado à perda do cargo, o ex-magistrado se defendeu dizendo que estava dirigindo o Porsche Cayenne de Eike para conservá-lo melhor. Seu advogado também informou que o cliente enfrentava problemas psicológicos e não tinha clara noção da realidade. Bretas, por outro lado, declarou que Flávio Roberto de Souza traiu valores da magistratura com a ação e ressaltou que o juiz tinha conhecimento muito acima da média sobre a gravidade do delito.