Podemos relembrar diversos modelos que não deram certo no Brasil. Um caso emblemático é o Volkswagen Apollo, que foi produzido entre 1990 e 1992 na fábrica da Ford, ao lado do irmão Verona. À época, a VW contava com a parceria Autolatina para dividir os custos - além de praticamente toda a estrutura dos sedãs compactos - com a Ford. Nos dias de hoje, investir na produção de um carro que ficará apenas dois anos em linha seria prejuízo certo.
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O Apollo é apenas um caso específico de veículo que não deu certo que salta à memória - houve outros ainda menos populares. Partindo disso, a reportagem do iG elege cinco modelos que, de tão pouco badalados, muitas pessoas nem lembram que foram vendidos no Brasil. Acompanhe a lista.
1 - Chevrolet Sonic
Com jeitinho de Lancer, o Sonic apareceu no Brasil em 2012 nas versões hatch e sedã para conquistar um público mais jovial e descolado. A estratégia da Chevrolet tinha tudo para dar certo: pompa de esportivo, bons equipamentos de série e um preço competitivo para bater de frente com o Fiesta. As primeiras unidades vieram da Coreia do Sul, antes do Sonic ser “regionalizado” no México.
O Sonic foi vendido em duas versões, LT e LTZ, com motor 1.6 Ecotec, de 120 cv e 16,4 kgfm de torque. O câmbio poderia ser manual de cinco marchas, ou automático de seis. Apesar da cara de malvado, o compacto não vingou no Brasil, durando apenas dois anos no mercado nacional.
2 - Peugeot Hoggar
Outra que entrou quieta e saiu calada das concessionárias foi a Peugeot Hoggar, picape leve na categoria de Saveiro, Montana e Courier. Para iniciar sua produção em Porto Real (RJ), a marca precisou de um aporte de R$ 100 milhões diretamente da matriz francesa. Péssimo negócio? Talvez não, tendo em vista o sucesso da Fiat Strada em meados de 2010.
O motor 1.4 era o mesmo da linha 207, com 82 cv de potência e apenas 12,8 kgfm de torque. Ainda que o câmbio manual de cinco velocidades tivesse engates mais fáceis, o conjunto mecânico não agradou. Em 2014, após apenas quatro anos de produção, a Peugeot colocou um ponto final na história da Hoggar.
3 - Fiat Panorama
Alguns “antigomobilistas” brincam que a Panorama já era um carro clássico e raro mesmo enquanto estava em linha. Lançada em 1980 como uma variante “station wagon” do bem-sucedido Fiat 147, o modelo chegou a ser importado para alguns países da América Latina, como Chile, Argentina e Colômbia.
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O motor 1.3 da problemática família Fiasa bebia apenas etanol, entregando 62 cv de potência e 11 kgfm de torque com o câmbio manual de cinco marchas. Seu porta-malas de 662 litros faz inveja aos carros de hoje em dia. Apesar da proposta familiar, a Fiat não investiu em versões de quatro portas - até meados dos anos 80, elas eram vistas como inseguras para as crianças.
4 - Nissan XTerra
O SUV aventureiro da Nissan foi vendido no Brasil entre 2003 e 2008 para lutar por uma fatia de um mercado dominado pela Pajero Dakar. Apesar de ser objeto de desejo dos praticantes de off-road e entusiastas dos 4x4, não foi um exemplo de best-seller na categoria.
Seu motor 2.8 turbo entregava 132 cv de potência e 34,7 kgfm de torque, com câmbio manual de cinco marchas. Em 2015, a Nissan também abandonou o XTerra no mercado americano, encerrando seu ciclo de vida.
5 - VW Bora
Para encerrar a lista, escolhemos outro modelo da Volkswagen : o sedã Bora. Em meados de 2000, havia uma lacuna entre o Santana (que já estava defasado), o Polo Sedan e o Passat, preenchida pelo modelo que foi importado do México durante toda a sua vida, entre 2000 e 2011.
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Diversos componentes eram compartilhados com o Golf IV, incluindo o motor 2.0 de apenas 116 cv de potência e 17,3 kgfm de torque. O câmbio poderia ser manual de cinco marchas, ou automático de quatro. Durante seu período de importação, o Bora acabou tendo vendas projudicadas no final do período em que foi produzido,uma vez que Jetta e Polo Sedan tinham versões na mesma faixa de preço.