A primeira estação exclusiva para recarga de carros elétricos é inaugurada no Reino Unido. A unidade fica no condado de Essex, no sudeste da Inglaterra, sendo a primeira de outras 100 instalações que devem surgir nos próximos cinco anos.
O “posto do futuro” operado pela empresa Gridserve tem 36 carregadores para veículos elétricos, com mais de 350 kWh de capacidade. Segundo a concessionária, a energia é suficiente para fornecer 321 quilômetros de autonomia em apenas 20 minutos.
O custo para a carga será de 21 centavos de libra esterlina por quilowatt, valor equivalente a R$ 1,41, em conversão simples. De acordo com a Gridserve, com menos de 10 libras (R$ 66), será possível recarregar até 80% da bateria de um veículo elétrico convencional.
A estação de recarga de carros elétricos receberá energia de painéis solares, garantindo a sustentabilidade do projeto. O complexo também conta com uma grande bateria de 6 megawatts, que será acionada em períodos de alta demanda pelos carregadores.
Caminho para o futuro
A abertura do novo complexo exclusivo para carros elétricos acontece cerca de um mês depois do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, proibir vendas de veículos a combustão no país a partir de 2030.
Johnson antecipa em dez anos o compromisso de interromper as vendas de veículos de passeio a combustão no Reino Unido. O prazo inicial estipulava a proibição a partir de 2040. Alok Sharma, Secretário de Energias e Indústria, afirmou à BBC que o novo plano de governo deverá proporcionar a criação de 250 mil novas vagas de emprego em todo o país, com foco na região norte da Inglaterra e no País de Gales.
Nos próximos dez anos, o Reino Unido deverá gastar 1,3 bilhão de libras esterlinas (equivalente a R$ 9 bi) na criação de uma nova infraestrutura de recarga para veículos elétricos ou híbridos plug-in . Outros 582 milhões de libras (R$ 4,1 bi) serão gastos em incentivos para a aquisição de modelos na categoria.
O governo britânico também planeja gastar 525 milhões de libras (R$ 3,7 bi) na criação de uma nova usina nuclear, que será administrada por um consórcio da Rolls-Royce.