A indústria automotiva sempre esteve em constante evolução para que o consumidor tenha a opção de escolher por veículos mais modernos, equipados e econômicos. Mas apesar das montadoras apostarem alto em seus produtos, nem sempre consegue-se chegar ao que seria o ideal. Além disso, o chamado "custo Brasil" atrapalha. 

Partindo disso, a reportagem do iG Carros enumera cinco modelos que ainda se enquadram no que há de mais moderno no mercado, mas que poderiam dar atenção especial para detalhes importantes.

1 - VW Polo 1.6 MSI

Volkswagen Polo 1.6 MSI: modelo peca por não ter câmbio de seis marchas
Renato Maia/Falando de Carros
Volkswagen Polo 1.6 MSI: modelo peca por não ter câmbio de seis marchas

Quando a Volkswagen renovou o Fox em meados de 2014, lançou a versão com motor 1.6 MSI de 120 cv de potência e 16,8 kgfm de torque. Mas o grande destaque ficou pelo câmbio manual de seis velocidades, que garantia mais economia de combustível e conforto ao hatch compacto.

Na hora de lançar o mesmo motor no Polo em 2017, a Volkswagen instalou câmbio manual de cinco marchas, mesmo que o conjunto mecânico de seis já existisse em sua linha em um veículo mais antigo.

O Polo MSI está longe de ser um carro ruim, mas poderia ser melhor se tivesse o conjunto de seis marchas. Na estrada, o motor 1.6 é muito barulhento em velocidades que superam os 100 km/h, dando a impressão de que uma sexta marcha se faz necessária para “desafogar” o esforço. Fica a dica para a Volkswagen: na hora de lançar nas versões reestilizadas de Polo e Virtus em 2021, apostem no câmbio manual de seis marchas. 

2 - Chevrolet Onix Plus Premier 1.0

Chevrolet Onix Plus: apesar de ser recheado de itens de segurança, faltam freios a disco nas rodas traseira
Divulgação
Chevrolet Onix Plus: apesar de ser recheado de itens de segurança, faltam freios a disco nas rodas traseira

O Chevrolet Onix Plus é referência em segurança. O sedã conta com seis airbags (frontais, laterais e cortina), controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, sensores de ponto-cego e chamada de assistência de emergência. Mas fica devendo na ausência de freios a disco nas quatro rodas.

Nas rodas traseiras, o Onix Plus traz conjunto de freios a tambor, diferentemente do Volkswagen Virtus em suas versões turbinadas, que trazem freios a discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira.

Freios a disco nas rodas traseiras são mais eficientes que conjuntos a tambor por conta da ventilação. O sistema é mais resistente a altas temperaturas, garantindo maior capacidade de frenagem para o veículo. Apesar de ser recheado de equipamentos de segurança, neste quesito o modelo da Chevrolet fica devendo.

3 - Fiat Argo HGT 1.8

Fiat Argo HGT 1.8: modelo tem motor antiquado na comparação com os principais rivais
Divulgação/Fiat-Chrysler Automóveis
Fiat Argo HGT 1.8: modelo tem motor antiquado na comparação com os principais rivais

Segundo as leis da termodinâmica, motores de três cilindros são os mais eficientes pela capacidade cúbica. Eles têm a mesma cilindrada de um propulsor de quatro cilindros, mas pela menor quantidade de peças e redução de atrito, acabam rendendo mais e sendo mais duráveis.

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Motores de três cilindros também favorecem o torque, pois com um cilindro a menos, a perda de calor durante o processo de funcionamento tende a ser menor. Se for turbinado, o retardo de resposta do acelerador é amenizado, melhorando o torque e adicionando toques de esportividade na condução.

Em ambos os fatores, o Fiat Argo fica devendo. Sua versão mais cara tem motor 1.8 aspirado de quatro cilindros, antiquado para os dias de hoje. A Fiat já está trabalhando em sua modernização, mas ao menos por enquanto, o Argo merece um lugar na lista de carros que poderiam ser melhores.

4 - Peugeot 208 Like Pack 1.6

Peugeot 208: crise econômica fez a PSA manter conjunto mecânico antiquado
Carlos Guimarães/iG
Peugeot 208: crise econômica fez a PSA manter conjunto mecânico antiquado

Todos esperavam mais da nova geração do Peugeot 208 , lançada no Brasil no ano passado, mas a crise econômica fez com que a PSA segurasse investimentos na América Latina. Dessa forma, o hatch compacto foi lançado com o mesmo motor e câmbio da geração anterior, abandonando opções turbinadas.

O Peugeot 208 está disponível apenas com motor 1.6, de 118 cv de potência e 15,5 kgfm de torque, com câmbio automático de seis marchas. A fabricante francesa também prometeu importar sua versão elétrica, com 340 km de autonomia, a partir do segundo semestre de 2021.

Na Europa, o hatch está disponível com motor 1.2 Puretech, com versões de 75, 100 e 130 cv de potência. O modelo ainda tem versão GTI, com motor turbo 1.6, de 225 cv. No Brasil, infelizmente, ficamos chupando o dedo.

5 - Honda Fit EXL 1.5

Honda Fit EXL: mecânica do monovolume evoluiu pouco ao longo dos últimos 10 anos
Divulgação
Honda Fit EXL: mecânica do monovolume evoluiu pouco ao longo dos últimos 10 anos

O Honda Fit sempre foi um veículo sem medo de romper padrões e apostar no inusitado no resto do mundo. Na China, por exemplo, o monovolume japonês está disponível até mesmo com motor 1.0 turbo de três cilindros, seguindo o que há de mais moderno no segmento. No sudeste asiático, o Fit também tem uma versão híbrida que pode fazer 22,2 km/l, mas no Brasil, o monovolume da Honda acabou parando no tempo.

Por aqui, a marca continua apostando no antiquado 1.5,de 116 cv de potência e 15,3 kgfm de torque, com versões manuais de cinco marchas ou automáticas do tipo CVT. O modelo pouco mudou sua mecânica em dez anos, e precisa se reinventar para manter a competitividade.

A Honda já trabalha no lançamento da próxima geração do Fit no Brasil. O monovolume era candidato a ser atração do Salão do Automóvel de 2020, se a vida neste planeta não tivesse mudado completamente por conta da pandemia. Agora que a marca japonesa terá uma versão hatch para o City, a tendência é que o Fit deixe de ser o modelo mais barato da Honda no Brasil.

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