Os pneus estão na lista dos itens mais caros na manutenção, seja do carro ou da moto e, aí é que mora o perigo, pois com a venda no mercado negro de pneus reformados, bem mais baratos, muitos acabam pegando esse atalho que, muitas vezes, pode não ter uma saída para um final feliz.
De olho nisso, a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP)
, alerta sobre o alto risco da utilização de pneus reformados para motos, que podem causar acidentes graves com os motociclistas, além dos demais usuários das vias.
Vale lembrar que de acordo com a Resolução Contran 913, de 28 de março de 2022, é proíbido o uso de pneus reformados em veículos automotores de duas ou três rodas (motocicletas, ciclomotores, motonetas e triciclos) e o não cumprimento desta lei é considerada infração grave, com pena de multa e perda de cinco pontos na carteira.
Um 'prejuízo ainda maior' é que o motociclista pode provocar acidentes fatais não só relacionado a dele, mas com os dos demais a sua volta. “Os pneus reformados geram total instabilidade e impossibilitam a dirigibilidade da motocicleta”, reforça Klaus Curt Müller, presidente executivo da associação.
Em 2019 o I nmetro divulgou um estudo comparativo entre pneus novos e reformados de motocicletas no qual em um das etapas do teste constatou 0% de defeitos nos pneus novos, enquanto 91,5% dos pneus reformados apresentaram pelo menos 1 defeito em cada amostra.
Ainda de acordo com a avaliação do Inmetro , foram detectados as seguintes anomalias: deformação plástica do talão, falta de material no flanco, descolamentos na região da junção entre o flanco e o talão, entre outros que estão descritos no estudo.
Acontece que o pneu de moto não é fabricado para ser reformado, pois não há controle de primeira vida da carcaça e nem mesmo testes que possam assegurar a integridade de sua estrutura após o uso.