Segundo a Anfavea, a produção de veículos caiu 5% nos primeiros seis meses deste ano, na comparação com o mesmo período de 2021, resultado da crise global que ronda o mercado de peças automobilísticas e semicondutores desde o início da pandemia de covid-19.
Com a redução dos estoques de zero-quilômetro, algumas concessionárias já repensa sua estrutura e investem em tecnologias , para continuar a operar sem um grande estoque.
“Esse movimento prova que, mesmo com a reabertura das concessionárias e a retomada do mercado, essa tendência online continua e deve permanecer assim”, analisa Marcos Pavesi, head comercial da DealerSites, que atua na digitalização do mercado automotivo.
O conceito de comprar e vender carro mudou muito nas últimas décadas. Se antes as concessionárias precisavam dispor de vários modelos de veículos, hoje, os vendedores vêem na internet uma forma de driblar a concorrência.
Com o catálogo on-line, o consumidor pode de qualquer lugar comprar seu próximo carro. Basta entrar no site, escolher o automóvel, preencher as formas de pagamento e recebê-lo em casa, sem qualquer contato humano.
Mesmo existindo há muito tempo, as compras on-line viveram um crescimento significativo no setor automotivo nos últimos anos. Essa tendência é motivada pelo trabalho de startups e empresas de tecnologia que trazem soluções conectadas, como aplicativos, sites responsivos, canais de atendimento ou assistentes virtuais.
“Se os serviços digitais para relacionamento ou para consumo eram vistos como acessórios em diversos setores econômicos, agora, se tornaram estratégia principal de negócio em praticamente todas as empresas, inclusive nas que trabalham com automóveis”, esclarece Pavesi.