Sem dúvida, os combustíveis são os maiores vilões, que impactam diretamente no poder de compra do cidadão. E com as constantes variações nos preços, manter o veículo com a manutenção em dia garante uma melhora significativa no consumo.
Um dos itens responsáveis por essa melhoria são as velas de ignição , pois elas são responsáveis por fornecer centelhas ‘faíscas’ que vão garantir a correta queima do combustível. Para isso, é preciso notar quando está na hora de substituir o jogo de velas.
Entre os principais sintomas de um jogo de velas ruim , estão dificuldades na partida do veículo, alteração na marcha lenta, falhas do motor em situações de retomada de velocidade, e principalmente o aumento no consumo de combustível.
Especialistas alertam para esses sinais, que podem aparecer quando existem problemas não somente nas velas, mas em todo o sistema de ignição do veículo. Além delas, a bateria, a bobina e os cabos de distribuição estão envolvidas no processo.
“Uma vela com desgaste apresenta erosão, e consequentemente a tensão na bobina será maior, não tendo faíscas suficientes para que o carro tenha um bom desempenho em ladeiras íngremes, por exemplo”, orienta o Instrutor do Centro Técnico de Treinamento DPaschoal, Leonardo José Tobias.
Para o bom desempenho das velas de ignição, é preciso manter a limpeza dos bicos injetores e filtro de ar em dia, além de verificar se a injeção eletrônica está funcionando corretamente.
“É vital fazer uma revisão do sistema de ignição a cada 10 ou 15 mil quilômetros rodados, mas lembre-se que cada fabricante indica um tempo de troca diferente”, alerta o professor Cleber Willian do departamento de Engenharia Mecânica da FEI.
O mais indicado pelos profissionais da área é estar atento às instruções do fabricante sobre o período para a troca do jogo de velas, onde a substituição do componente deve ser realizada após uma diagnose feita por um técnico especializado, com a utilização de uma ferramenta específica e padrões comparativos de desgaste.
É importante ressaltar, também, que o correto funcionamento do sistema de ignição depende do tipo de utilização do veículo . O motivo para isso é que, em condições severas, como uso em trânsito intenso (por exemplo), o desgaste tende a ser maior.
Conforme explica o professor William da FEI, em casos de falha na partida do motor é aconselhável não continuar tentando ligá-lo , uma prática que muitos acabam cometendo.
“A insistência nesta ação pode causar o encharcamento das velas, gerando um transtorno ainda maior. Procure um mecânico mais próximo ou de sua confiança”, recomenda o docente.