Os carros automáticos dominaram todos os segmentos de veículos novos. Têm compacto, médio, SUV, picape, tudo que você possa imaginar. Mas a realidade continua a mesma: eles são mais caros do que os automóveis manuais. Para fugir dessa despesa, compilamos cinco bons carros usados automáticos que custam até R$ 40 mil . Veja a lista.
Toyota Corolla
Bastou um comercial ao som de New Sensation para o Corolla de quatro gerações atrás ficar conhecido como Brad Pitt, a estrela da inesquecível propaganda. Mas não é só pelo vídeo que o Toyota Corolla usado é lembrado.
Robusto, razoavelmente espaçoso e econômico, o sedã médio tem câmbio automático de quatro marchas. Pode parecer pouco para os parâmetros atuais, mas estamos falando de um carro que foi produzido há mais de 15 anos atrás. O motor 1.8 gera 136 cv e 17,5 kgfm, números que não chegam perto do 2.0 adotado na geração seguinte , mas que não desencantam no uso diário.
É fácil encontrar Corollas usados de anos-modelo entre 2004 e 2008 por menos de R$ 40 mil.
Honda Civic
Se falou Corolla, tem que falar de Honda Civic. O sedã médio também tinha opções manuais (belíssimo câmbio, aliás), mas a verdade é que o segmento dos sedãs médios foi o primeiro a popularizar o uso de transmissão automática na maior parte da gama.
Embora o nome do concorrente seja de peso, o Civic tem a vantagem de ser muito superior tecnicamente, com suspensão traseira multilink e a direção mais rápida do mercado. A geração chamada de New Civic foi uma ruptura em relação ao modelo anterior. Dá até para justificar o marqueteiro new em seu nome.
Arrojado em estilo e direção, o sedã médio também oferece câmbio automático de cinco marchas como uma vantagem. O motor 1.8 também era mais esperto, tendo 140/138 cv (no caso dos flex) e 17,7/17,5 kgfm no etanol e gasolina respectivamente.
Além disso, o seu entre-eixos tem 2,70 metros, contra apenas 2,60 m do Corolla , que é encontrado pelo mesmo preço, mas é de uma geração anterior ao carro que realmente concorria com o Honda. O piso traseiro quase inteiramente plano é outro recurso que ajuda na hora de acomodar cinco ocupantes.
No entanto, o Civic apanha feio quando o assunto é porta-malas - são 340 litros (quase o mesmo que um Renault Sandero), face 437 litros do arquirrival.
Não é necessário garimpar para um Honda Civic automático feito entre 2007 e 2008 nessa faixa de preço. Caso você não queira sair do território dos carros da marca japonesa, pesquise bem o City.
Nissan Sentra
Se você é tiozão, deve se lembrar do comercial do tiozão, uma peça publicitária que zoava o visual datado dos rivais na época do lançamento do Sentra. Embora a peça de publicidade fizesse referência mais ao Corolla do que ao Civic , uma vez que o Honda era mais arrojado até que o Nissan, ficou na cabeça por muito tempo.
Seja como for, o Nissan Sentra usado é um automático de respeito . Ao contrário dos rivais citados acima, o sedã vinha com transmissão do tipo CVT.
Enquanto os concorrentes vinham apenas com motor 1.8, o Sentra tirava onda com o seu 2.0 de 142 cv e 20,3 kgfm. O entre-eixos de 2,68 metros fica a um nariz de distância do Civic, enquanto o porta-malas de 442 litros chega a ultrapassar o bom volume do Corolla.
Há uma outra vantagem: o Sentra pode ser comprado em versões feitas entre 2010 e 2012 . Só lembre-se que, por ser importado do México, suas peças são mais difíceis de serem encontradas.
Chevrolet Zafira
Superior ao Nissan Grand Livina no arranjo dos assentos, o Chevrolet Zafira usado é um modelo pensado para a família. A minivan do Astra é superior ao carro que lhe deu origem em muitos aspectos. O motor 2.0 dos exemplares feitos entre 2009 e 2012 já é o 2.0 de 140/133 cv e 19,7/18,9 kgfm, e o câmbio automático tem quatro marchas.
A estrela que brilha é o espaço interno. O entre-eixos de 2,70 metros empata com o do New Civic, algo que lhe dá uma tremenda vantagem para aqueles que desejam andar com a ocupação completa. Só que há algo que não pode ser esquecido: o volume do porta-malas cai de 445 litros para apenas 90 litros quando todos os assentos estão em uso .
Para equilibrar melhor o espaço para pessoas e para bagagens, os dois assentos da terceira fileira podem ser embutidos individualmente no assoalho , algo que lhe dá uma vantagem e tanto diante do Nissan Livina, um projeto voltado para mercados emergentes. Não é à toa que o sistema interno foi projetado pelo estúdio de design da… Porsche.
O maior porém da Zafira é o mesmo que acomete o carro que vem logo a seguir: o consumo. Ambos são dotados de câmbios automáticos de quatro marchas de funcionamento convincente, o problema é que os dois bebem mais do que os outros modelos. No entanto, se você precisar de espaço para sete pessoas, a minivam da Chevrolet é a escolha certa, pois é mais espaçosa que a Meriva e, de quebra, melhor projetada do que o Livina.
Ford Focus
O mercado pode ter esquecido os hatches médios, mas essa lista não pode deixar o Ford Focus usado de fora. O estilo é arrojado até hoje, a direção deixa o Chevrolet Astra para trás (lembre-se dele também) e o nível de equipamentos da versão Titanium - a mais cara - fica a anos luz de distância. E lembre-se: o modelo também está disponível na configuração sedã.
Sempre equipado com o competente, porém sedento, motor 2.0 de 148/143 cv e 19,5/18,8 kgfm - somente o manual tinha opção 1.6 -, o hatch vem com câmbio automático de quatro marchas. Ao contrário do Powershift, essa transmissão não costuma apresentar problemas, embora não fuja do trivial oferecido na época.
Emotivo nas curvas e rápido, o carro mais potente da lista também se destaca em aspectos racionais. Os 2,64 metros de entre-eixos acomodam bem quatro adultos, embora os mais altos talvez se queixem um pouco ao serem obrigados a ir no banco traseiro. O porta-malas de 328 litros também não enche os olhos quando comparado aos hatches atuais. Por outro lado, o sedã tem o melhor volume da lista: 526 litros .
Que seja, o lance do Focus hatch é ser uma opção mais arrojada para aqueles compradores que não precisam de todo o espaço do mundo. É extremamente tranquilo encontrar carros feitos entre 2010 e 2013 por esse preço.
No entanto, se você tem medo de comprar um carro antigo importado - lembrando que ele é feito na Argentina -, pense também no nacional Astra, cujo consumo é igualmente alto, além de perder no nível de equipamentos, mas é encontrado a cada esquina.