A carbonização de uma vela ocorre quando há acúmulo de carvão (combustível não queimado) na ponta ignífera do item. O carvão não é um condutor de energia elétrica - ele não possui íons suficientes para isso. Por isso, a vela carbonizada sofrerá perda de isolação que terá como consequências as falhas de ignição.
Conforme a rotação e a carga do motor aumentam, a temperatura da ponta da vela torna-se mais intensa. Quando a temperatura supera os 450°, começa a autolimpeza da vela de ignição, em que o próprio componente queima todos os resíduos de carvão da ponta ignífera.
A limpeza da vela não é recomendada . Caso o mecânico encontre resíduos, o aconselhável é a substituição do componente , de acordo com Hiromori Mori, consultor de Assistência Técnica da NGK do Brasil. O especialista reforça que na parte onde estão a rosca e o hexágono (castelo metálico), a vela recebe um banho de proteção que pode ser zincado ou níquel cromo . Por isso, utilizar escova de aço para limpeza pode remover o banho de proteção e expor a parte de metal à ação do meio, provocando a oxidação .
Geralmente, as velas são trocadas a cada 50 mil ou 60 km , conforme o que recomenda cada fabricante, mas a checagem deve ser feita a cada 10 mil km. Na dúvida, consulte o manual do proprietário para saber sobre os intervalos de substituição.