Nesta terça-feira (17), a Citroën lançou o novo ë-C3 na Europa , versão elétrica do novo C3. Embora seja semelhante ao nosso, o carro é diferente do nosso em pontos, além de ser mais sofisticado. No Velho Continente, ele substitui a terceira geração do C3, de 2016, que nunca foi lançada por aqui.
O visual do hatch é diferente do que temos por aqui e nos demais mercados emergentes. O e-C3 apresenta uma estética mais expressiva completamente renovada. O destaque fica para a frente, que possui o capô mais elevado, uma grade reformulada e agressiva que sustenta o novo logotipo de duplo chevron, uma homenagem ao passado da Citroën. Os novos faróis se destacam junto com a grade frontal, além de suportarem dois faróis de neblina com formato circular, rodeados por molduras equipadas com barras de LED curvilíneas.
Nas laterais, as rodas são protegidas com uma peça tipo carbono, embora não haja Airbumps, como os encontrados no C3 nacional. O teto preto brilhante é mais alto e ressalta o maior espaço entre os ocupantes.
Na traseira, as poucas mudanças também são notáveis. As lanternas retangulares escurecidas de LEDs lembram os faróis dianteiros em formato de C, juntamente com uma barra, também tipo carbono, que liga uma lanterna até a outra com o novo logotipo. Com o visual mais alto, o C3 remete mais um crossover do que propriamente um hatch.
A maior novidade é a nova motorização. O ë-C3 usa uma bateria de fosfato de ferro e lítio (LFP) de 44 quilowatts-hora. As duas versões lançadas têm autonomia de até 320 km , medida pelo ciclo WLT. Se for vendido por aqui, o hatch elétrico terá o alcance medido pelas novas regras do Inmetro, o que vai derrubar esses números. O desempenho está mais próximo do 1.6 vendido no Brasil. Segundo a Citroën, o motor elétrico de 113 cv faz d e 0 a 100 km/h em 11 segundos.
Para o carregamento de 20% até 80%, em um carregador de 7 Kw, é necessário cerca de 4 horas. Em um carregador rápido de 100 Kw, o tempo se reduz para 30 minutos.
O veículo será vendido em duas versões: You e Max.
O modelo de entrada oferecerá sistema de frenagem de emergência, faróis de LED, sensores de estacionamento traseiros, head-up display, espelhos laterais elétricos e controle de cruzeiro. Já o ë-C3 Max terá pintura externa com dois tons, rodas de liga leve com aro 17, limpadores automáticos, ar condicionado automático, limpadores de para-brisa automáticos, espelhos laterais aquecidos e com rebatimento elétrico, carregamento de telefone por indução, entre outros. Alguns desses itens são impensáveis na linha nacional do hatch compacto, exemplo do freio de estacionamento eletrônico.
A proposta da Citroën é fazer o ë-C3 um elétrico acessível que enfrente o Dacia Spring (Renault Kwid elétrico) - que tem a autonomia de 205 km no ciclo WLTP, bem mais restrita. Isso porque o preço inicial será de 23.300 euros, 2.500 euros a mais do que o Spring. A Citroën também pretende lançar em 2025 um modelo com a bateria menor , com autonomia de 200 km, que deverá custar 19.990 euros.