O ano de 1994 é lembrado pelos brasileiros, principalmente pela morte de Ayrton Senna e pelo título da seleção na Copa do Mundo dos Estados Unidos . Mas, para a Chevrolet , o ano marcou o lançamento de um de seus modelos mais marcantes no país, o Corsa .
O hatchback chegou oficialmente ao país em fevereiro de 1994 , cerca de um ano após seu lançamento na Europa e era pensado como substituto do icônico Chevette . As unidades iniciais eram equipadas com motor 1.0 à gasolina de 50 cv e injeção monoponto, o que fez do carrinho com visual arredondado o primeiro carro 1.0 do país a contar com injeção de combustível .
O Corsa fez tanto sucesso no seu lançamento que os executivos da marca foram a público pedir para os clientes esperarem a estabilização da produção para procurar pelo modelo, visando evitar que as concessionárias cobrassem ágio .
Alguns meses mais tarde, em julho , chegou a versão GL com motor 1.4 de 60 cv enquanto em outubro, foi a vez da esportiva GSI de 108 cv, que estreou no Salão do Automóvel de 1994 , disputando espaço e atenção com Jaguar XJ 220 , Ford Mustang e até Dodge Viper .
A edição esportiva GSi , trazia o motor 1.6 16V de 108 cv, era importada da Hungria, e chegava para disputar espaço com Fiat Uno Turbo e o Volkswagen Gol GTI (ainda o “ quadrado ”), o GSI trazia freios a disco ventilados e freios ABS, além do visual mais invocado.
A família ficaria maior no ano seguinte com o lançamento das versões picape , sedã e hatchback de quatro portas . Junto dessas novidades chegou também o propulsor 1.6 de 92 cv.
Em 1996 , foi a vez dos primeiros motores com injeção multiponto , conhecidos como MPFI , que passaram a contar com 60 cv de potência . A família finalmente ficaria completa após a chegada da versão perua, chamada de Corsa Wagon . Ainda para 1997, a opção sedã ganhava a versão GLS , considerada a de maior luxo embarcada dentro da família Corsa . Além disso, 97 marcou ainda a chegada da transmissão automática de quatro velocidades para a linha.
Em 1998, o sedã passou a oferecer o novo motor 1.0 nas versões batizadas de “Super”, novidade que chegou à perua somente em 1999 e retirando de linha o motor 1.4.
Em 2002 , o Corsa ganhou uma geração completamente nova , que também trazia o desenho do modelo europeu para os trópicos. Com dois anos de atraso em relação ao Velho Continente, o Corsa brasileiro trouxe um novo motor 1.0 8V de 71 cv e o inédito 1.8 8V de 102 cv . A novidade chegou em versões hatchback e sedã, com a picape, batizada de Montana , chegando em 2003.
A chegada da nova geração não significou o fim da linha para o primeiro Corsa, que seguiu sendo vendido como “ Corsa Classic ”, enquanto o posto de carro de entrada da marca foi ocupado pelo Celta .
O “Corsão”, como popularmente foi chamada a segunda geração do Corsa, também teve uma versão com visual esportivo, chamada de SS , que trazia o mesmo motor 1.8 de 120 cv. O modelo ficou em produção até 2012, dando lugar ao Agile . O sedã de antiga geração, continuou em produção até 2016, perdendo o nome Corsa e sendo conhecido apenas como Classic .
Por que o nome Corsa deixou de ser usado?
Nomes como Corsa , Zafira , Vectra , Astra , entre outros, deixaram de ser utilizados pela Chevrolet desde 2012, quando a Opel , detentora desses nomes e braço europeu da General Motors , começou a se vincular com outras marcas, se juntando ao grupo Peugeot-Citroën ( PSA ) em 2012. Somente em 2017 a General Motors se desvinculou totalmente da Opel, que hoje faz parte da Stellantis , assim como Peugeot e Citroën .
O Corsa ainda existe?
Atualmente, o Corsa segue em produção na Europa e ainda adota a carroceria hatchback , sendo oferecido na versão de entrada, chamada de “Corsa”, GS, podendo ser encontrado tanto com motores aspirados e turbo à gasolina, além de opções híbridas e 100% elétricas .