O imposto de importação sobre veículos eletrificados é um tema sensível na indústria brasileira. Após seis meses de nova tributação, os veículos eletrificados importados seguem com bom volume, o que preocupa a Anfavea, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores.
Em um evento realizado nesta semana para apresentar os resultados de vendas do primeiro semestre, a associação defendeu a introdução dos 35% de impostos de importação para modelos elétricos e híbridos de forma imediata, e não em 2026 como está a previsão atual.
Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea , revelou ainda a possibilidade das fabricantes nacionais interrompam a produção caso a tarifa elevada não seja adotada:
“Caso a gente não eleve o imposto de importação para carros elétricos pra 35% de forma imediata, temos risco de fechamento de fábricas já no segundo semestre”, afirmou Márcio. Segundo a Quatro Rodas , o executivo explicou que se tratava de paralisação e não ao fechamento total das indústrias.
O coro foi endossado por Ciro Possobom
, CEO da Volkswagen
no Brasil, que entende que as condições atuais beneficiam os importadores e coloca em risco os mais de R$ 100 bilhões em investimentos
que as marcas nacionais anunciaram recentemente.
Para contextualizar, o crescimento das importações foi de 37% somente neste primeiro semestre, com os modelos vindos da China sendo os principais.
Ociosidade da indústria preocupa
Segundo a Anfavea , 45% da indústria de automóveis brasileira está ociosa. A associação tenta buscar formas de conseguir acordos com países vizinhos para melhorar os números de exportação das fabricantes instaladas no Brasil. Segundo a Quatro Rodas , o Equador taxa os carros produzidos no Brasil em 28%, por exemplo.