
Lançado em 2007, o Renault Sandero nasceu a partir da aliança com a romena Dacia, mas ganhou identidade própria nos mercados emergentes.
Desenvolvido inicialmente para América do Sul e Europa Oriental, o modelo buscava unir baixo custo de produção com robustez e espaço interno.
A proposta era simples: oferecer um hatch acessível com porte superior ao dos concorrentes diretos.
No Brasil, onde chegou no primeiro semestre de 2008, o Sandero encontrou terreno fértil e logo se estabeleceu como uma das principais apostas da Renault para o mercado local.
Nesta reportagem, o Portal iG apresenta mais um capítulo da série "Geração sobre rodas", que revela a evolução dos modelos mais icônicos do mundo automotivo, da primeira à atual geração.
1ª Geração (2007–2013) | Projeto acessível com foco no espaço

O Sandero estreou em 2007 na Romênia, sob a marca Dacia. No Brasil, passou a ser fabricado em São José dos Pinhais (PR) a partir de 2008.
Baseado na plataforma do Logan, o hatch compartilhava soluções mecânicas simples e robustas, com foco em custo-benefício.
As versões de entrada vinham equipadas com motor 1.0 8V, enquanto as variantes mais caras ofereciam motores 1.6 8V ou 16V, sempre com câmbio manual de cinco marchas.
Um dos principais atrativos era o porta-malas de 320 litros, superior ao de rivais da época, como o Fiat Palio e o Volkswagen Gol.
Ainda em 2009, o modelo ganhou a primeira versão esportivada, a GT Line, seguida pela série Stepway, com suspensão elevada e visual aventureiro.
Ponto positivo: bom espaço interno e porta-malas amplo
Ponto negativo: acabamento simples e ergonomia limitada
2ª Geração (2014–2020) | Refinamento visual e evolução mecânica

Apresentada em 2014, a segunda geração trouxe linhas mais modernas e interior renovado.
Com projeto ainda baseado na plataforma B0, o modelo recebeu atualizações estéticas e novos equipamentos, como central multimídia com tela sensível ao toque, comandos no volante e direção eletro-hidráulica.
O Sandero passou a ser oferecido com motor 1.0 16V três cilindros (SCe) e 1.6 8V (posteriormente 1.6 SCe), ambos flex.
O câmbio manual de cinco marchas deu lugar a uma transmissão automatizada Easy’R em versões intermediárias, e mais tarde ao câmbio CVT, que se tornaria padrão em versões superiores a partir de 2019.
A versão Stepway permaneceu como uma das mais vendidas da linha. Em 2015, chegou o Sandero R.S., desenvolvido pela Renault Sport, com motor 2.0 aspirado de 150 cv, câmbio manual de seis marchas, suspensão reforçada e freios a disco nas quatro rodas.
Ponto positivo: visual atualizado e novas motorizações
Ponto negativo: conforto limitado em pisos irregulares
3ª Geração (2020–atual, não lançada no Brasil) | Novo patamar na Europa

A terceira geração do Sandero estreou na Europa em 2020, exclusivamente sob a marca Dacia. Totalmente renovado, o modelo foi construído sobre a moderna plataforma CMF-B, compartilhada com o Renault Clio V e o Captur europeu.
Com design mais sofisticado e estrutura reforçada, o novo Sandero passou a oferecer sistemas de assistência ao condutor, controles de estabilidade e tração de série, além de versões com motorização 1.0 turbo (TCe), com opção de câmbio CVT.
No entanto, essa geração não foi lançada no Brasil. A Renault optou por encerrar a produção do Sandero nacional em 2022, focando em novos projetos e plataformas com maior integração global, como a do Kardian.
Ponto positivo: evolução estrutural e tecnológica significativa
Ponto negativo: indisponibilidade para o mercado brasileiro
Legado e despedida
Durante quase 15 anos de produção nacional, o Renault Sandero acumulou milhares de unidades vendidas no Brasil e países vizinhos.
O modelo se destacou pela proposta racional, espaço generoso e manutenção acessível.
Mesmo sem a sofisticação de rivais como o Ford Fiesta e o Peugeot 208, o Sandero conquistou público fiel graças à confiabilidade mecânica e à ampla rede de assistência.
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