
Os proprietários de veículos registrados no estado de São Paulo já podem se organizar para o pagamento do IPVA 2026. A Secretaria da Fazenda e Planejamento liberou a consulta ao valor venal, base usada para o cálculo do imposto, e confirmou o calendário oficial de vencimentos, com datas definidas conforme o final da placa e regras claras para desconto, parcelamento e quitação à vista.
Com a tabela já disponível, o contribuinte consegue saber antecipadamente quanto vai pagar e escolher a melhor forma de pagamento, evitando atrasos, juros e problemas no licenciamento anual do veículo.
O que é o valor venal e como consultar
O valor venal é uma estimativa oficial do preço de mercado do veículo e serve como base para o cálculo do IPVA. Em São Paulo, esse valor é definido a partir de pesquisas de preços realizadas no mercado de usados e atualizadas anualmente.
Para consultar, o proprietário deve acessar o sistema da Secretaria da Fazenda destinado ao IPVA, informar a placa do veículo e verificar o valor venal atribuído para 2026. Com essa informação, já é possível calcular o imposto mesmo antes da abertura do pagamento nos bancos.
Como o IPVA é calculado
O cálculo do IPVA é feito aplicando a alíquota correspondente ao tipo de veículo sobre o valor venal. Em São Paulo, as principais alíquotas seguem o padrão adotado nos últimos anos.
Carros de passeio pagam IPVA com alíquota que varia conforme a motorização. Veículos movidos a gasolina, etanol ou flex recolhem 4% do valor venal. Já os híbridos pagam 3%, enquanto os 100% elétricos têm a menor taxa do estado, de 1%, como forma de incentivo à eletrificação.
Motocicletas, independentemente do combustível, têm alíquota de 2%. Caminhões recolhem 1,5%, e veículos registrados em nome de locadoras pagam 1%.
Na prática, um carro flex avaliado em R$ 60 mil terá IPVA de R$ 2.400. Um híbrido com o mesmo valor venal pagará R$ 1.800, enquanto um elétrico ficaria em R$ 600. Esses valores podem ser reduzidos apenas no pagamento à vista com desconto em janeiro ou, em caso de atraso, sofrer acréscimo de juros e multa conforme as regras do estado.
Calendário de pagamento do IPVA 2026
O pagamento do IPVA em São Paulo começa em janeiro de 2026 e segue um cronograma definido pelo último número da placa do veículo. O calendário vale tanto para a cota única quanto para a primeira parcela de quem optar pelo parcelamento.
Cota única com desconto de 3% (janeiro)
- Final 1: 12 de janeiro
- Final 2: 13 de janeiro
- Final 3: 14 de janeiro
- Final 4: 15 de janeiro
- Final 5: 16 de janeiro
- Final 6: 19 de janeiro
- Final 7: 20 de janeiro
- Final 8: 21 de janeiro
- Final 9: 22 de janeiro
- Final 0: 23 de janeiro
Quem paga o imposto integralmente até a data correspondente à sua placa garante desconto de 3% sobre o valor total.
Cota única sem desconto (fevereiro)
Também é possível pagar o IPVA em parcela única no mês de fevereiro, seguindo o mesmo critério de final de placa. Nesse caso, o imposto é cobrado sem desconto.
Parcelamento em até cinco vezes
O IPVA pode ser parcelado em até cinco vezes, sem desconto. As parcelas vencem de janeiro a maio, sempre no mesmo dia do mês correspondente ao final da placa.
Por exemplo, veículos com placa final 1 pagam as parcelas em 12 de janeiro, 12 de fevereiro, 12 de março, 12 de abril e 12 de maio. O mesmo padrão se repete para os demais finais de placa, respeitando as datas oficiais.
O número de parcelas disponíveis pode variar conforme o valor total do imposto.
Formas de pagamento
O pagamento do IPVA pode ser feito com o número do Renavam, por meio da rede bancária credenciada, internet banking, aplicativos de bancos, terminais de autoatendimento e Pix, conforme disponibilidade de cada instituição.
Alguns serviços digitais também permitem consultar valores, emitir guias e acompanhar a situação do veículo de forma integrada.
Quem não paga IPVA em 2026
Em São Paulo, estão isentos do IPVA os veículos com mais de 20 anos de fabricação. Isso significa que automóveis fabricados até 2005 não terão cobrança do imposto em 2026.
Também existem isenções específicas previstas em lei, como para pessoas com deficiência, veículos oficiais, táxis e transporte escolar, desde que atendidos os critérios e realizado o pedido dentro do prazo estabelecido pela Fazenda.
O que acontece se não pagar
O atraso no pagamento do IPVA gera multa diária de 0,33%, limitada a 20%, além de juros calculados pela taxa básica de economia. A inadimplência impede o licenciamento anual do veículo e pode resultar em multa de trânsito, pontos na CNH e até apreensão em fiscalizações.
Além disso, o débito pode ser inscrito na Dívida Ativa do Estado, gerando restrições ao CPF ou CNPJ do proprietário.
IPVA, licenciamento e DPVAT
Para licenciar o veículo em 2026, o IPVA precisa estar totalmente quitado. O licenciamento é um procedimento separado, mas depende da regularização do imposto.
O seguro obrigatório DPVAT segue sem cobrança, como ocorre desde 2021, não gerando custo adicional ao proprietário.