A frota mundial dos carros elétricos e híbridos soma hoje mais de 5 milhões de veículos e tem um crescimento exponencial. A previsão é que até 2020 chegue a 13 milhões e, até o final da próxima década, a 140 milhões. Tudo muito bom. Mas, daí, surge a questão: como reciclar seus materiais, principalmente das baterias eletroquímicas, sem afetar o meio ambiente?
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Parece que Nissan sai na frente com essa resposta ao anunciar uma fábrica mundial em grande escala para analisar, reutilizar e reciclar baterias usadas de seus carros elétricos . Interessante que a fábrica será instalada na cidade de Namie, no leste do Japão, que foi devastada pelo tsunami de 2011. Quase sete anos depois, a primeira nova fábrica na cidade deve ser inaugurada, contribuindo para geração de emprego e a reconstrução da economia local, além da preservação do meio ambiente.
Uma parceria da Nissan com a empresa Sumitomo vai fazer com que as baterias descartadas cheguem à fábrica de Namie. Juntas, criaram a empresa especializada 4R Energy, que já desenvolveu um sistema para medir o desempenho da bateria como um todo e dos módulos individuais, permitindo avaliar quais componentes e subconjuntos podem ser reutilizados e quais devem ser reciclados.
Vale lembrar que o Japão tem regras de inspeção muito rigorosas para veículos mais antigos: a partir de cinco anos de uso, torna-se mais barato descartá-los do que mantê-los nas ruas. Isso significa dizer que os Leafs , elétricos da Nissan lançados em 2011, começarão a ser desmontados em breve.
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A Tesla, por sua vez, anunciou que vai reciclar todas as células e módulos das baterias de seus veículos elétricos. Além de combater a questão fundamental de evitar que as baterias possam acabar em aterros, a empresa quer evitar o desperdício de materiais valiosos, transformando em componentes e acessórios em novos produtos.
Para isso, a Tesla usa sua subsidiária Gigafactory, que vem adotando parceiras nos continentes, onde vende seus carros elétricos. “Queremos um loop fechado na Gigafactory, que reutiliza os mesmos materiais para diversas finalidades ”, disse Elon Musk, CEO da Tesla.
Economia circular
Desde o início de sua comercialização em 1991, as baterias de íons de lítio têm feito um grande progresso com relação ao armazenamento de energia. Hoje estão menores, mais baratas e são usadas não apenas em automóveis elétricos e híbridos mas numa grande variedade de equipamentos, como celulares e notebooks.
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É a lógica da economia circular, em que não basta criar: é preciso reduzir impacto, reutilizar, recuperar e reciclar. Sustentabilidade de verdade com carros elétricos
é isso.