A Honda Biz é considerada pelos engenheiros da matriz japonesa como um “case”, a ser imitado em outras grandes sacadas da marca. Partindo de um cub- categoria “upper basic”, ou seja, um pouco acima do básico, os engenheiros brasileiros criaram um espaço embaixo do banco, onde cabe um capacete, reduzindo o tamanho da roda traseira, e ainda desenharam um visual muito mais moderno e bonito do que o modelo original. Sucesso.
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Quem circula o dia inteiro pelas grandes cidades, como São Paulo, já notou que as motocicletas têm muita agilidade no meio dos carros, mas são as de baixa cilindrada as preferidas para essa tarefa. Entre os modelos disponíveis, é a Honda Biz uma das preferidas, uma vez que o CUB combina algumas boas características das motocicletas com as de um scooter .
Boa de dirigir
Em uma semana rodando pela cidade com a versão de entrada da Honda Biz, a 110i (a 125 é mais sofisticada), as situações de vantagem sobre outros veículos surgem a todo momento. A Honda Biz 110i é ágil e leve. Em asfalto liso, o conforto e a dirigibilidade são o destaque, mas com muitas restrições em piso irregular, devido às limitações das suspensões.
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Algumas características se destacam na Honda Biz 110i, como a embreagem totalmente automática, o que elimina o manete esquerdo do guidão. Para arrancar, basta engatar a primeira marcha, em marcha-lenta, e acelerar.
Diferentemente de um scooter, no entanto, é preciso trocar as marchas. O câmbio de quatro velocidades é do tipo rotativo, ou seja, em quarta marcha, ao parar em um semáforo, por exemplo, basta apertar mais uma vez o pedal esquerdo e o câmbio volta ao neutro. Simples e prático.
Nem sempre. Circulando em meio ao trânsito, uma parada brusca obriga ao piloto procurar a primeira marcha para arrancar novamente. Com o câmbio em neutro, um “N” verde acende no painel de instrumentos, mas em dia claro, com reflexo do céu, a visualização é difícil. Como as marchas são rotativas, corre-se o risco de ficar pisando no pedal várias vezes até ter certeza que chegou no neutro. E depois engatar a primeira novamente.
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Vale lembrar que as quatro marchas são todas para baixo e que uma eventual redução de marcha é feita com o calcanhar e não com a parte de cima do pé, como nas motocicletas.
Com o motor desligado, a embreagem automática acopla a roda traseira para a frente, mas não para trás. Isso significa que é possível fazer o motor funcionar se a bateria arriar, mas não é possível impedir que a motocicleta desça uma ladeira de ré, engatando uma marcha.
A partida elétrica não pode ser acionada com uma marcha engatada, mas ela funciona normalmente se o descanso lateral estiver acionado. É preciso tomar cuidado para não sair por aí com ele aberto.
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A Honda Biz 110i tem o freio dianteiro a tambor, acionado mecanicamente, diferentemente da Biz 125 que tem o disco dianteiro a disco hidráulico. Mais uma simplificação. Mesmo assim, tem o sistema CBS – Combined Brake System, quando o pedal aciona também o freio dianteiro. Um pouco borrachudo, o freio a tambor não é tão eficiente quanto o disco. A maior desvantagem, no entanto, é não poder usar a minha inseparável trava de disco ao estacionar a Biz 110i na rua.
O painel de instrumentos é simples porém com as informações necessárias: velocímetro, hodômetro totalizador, indicador de nível de combustível e luzes espia, incluindo uma luz que avisa quando o motor está funcionando de forma mais eficiente, com consumo de combustível mínimo.
A chave de ignição também destrava a abertura do banco, sob o qual um capacete fechado, que não seja muito grande, pode ser guardado. Nesse compartimento há também um ponto de energia 12 volts. A Honda Biz 110i custa R$ 8.150 e tem as cores, branca, cinza e vermelha. A garantia sem limite de quilometragem é de três anos, com sete trocas de óleo gratuitas.