Carros conversíveis são muito raros de ver nas ruas e estradas brasileiras, mas este se trata de um carro especial. Não se pode afirmar que o isolamento acústico é igual ao Turbo S cupê, mas a vedação de alto nível não deixa a desejar.
O ronco inconfundível do motor de seis cilindros horizontais opostos, três a três, 650 cv e 81,6 kgfm, está ali para relembrar que o modelo lançado no Salão de Frankfurt de 1963 (completa 60 anos em 2023 e a marca Porsche, por sua vez, 75 anos) permanece mais vivo do que nunca.
Claro, desde então perdeu o motor arrefecido a ar que no primeiro 911 era um 2.0 aspirado de só 130 cv/17,8 kgfm e agora dispõe de um 3.7 turbo de arrefecimento a água de mesma configuração. Só que potência e torque hoje são cerca de cinco vezes maiores.
A incrível aceleração de zero a 100 km/h evoluiu de 9,1 segundos para apenas 2,9 s e a velocidade máxima de 210 km/h para 320 km/h.
Esta versão do Porsche 911 Turbo S manteve a configuração 4x4 priorizando a tração traseira, o câmbio automatizado de duas embreagens, oito marchas e a regulagem pneumática de altura da suspensão dianteira, que conta com mecanismo de elevação para limitar a chance (quase certa) raspar em desníveis. A posição de guiar com o volante em posição quase vertical mantém a tradição da marca, assim como a chave de partida acionada pela mão esquerda, uma tradição de competição.
O conjunto mostra equilíbrio impressionante em curvas, mesmo com o motor atrás do eixo traseiro. As rodas têm 20 polegadas de diâmetro na frente e 21 pol. atrás (pneus 255/35, na dianteira e 315/30, na traseira). Chama ainda mais atenção a potência e precisão de freios com discos carbocerâmicos, além de pinças de dez pistões (!) na frente e quatro pistões atrás.
Com opcionais o preço sobe para mais de R$ 2 milhões.