BMW apresenta M2 como modelo raiz
Um posicionamento muito claro do fabricante alemão foi confirmado por declarações do executivo responsável pelo desenvolvimento técnico da marca, Frank Weber , ao site australiano Carsales que controla o congênere Webmotors no Brasil.
Ao contrário de outras marcas, a BMW faz questão de pontuar: “Não anunciaremos nenhuma data de término de motores a combustão, pois é impossível fazer mudanças estruturais, industriais e culturais necessárias para a produção apenas de veículos 100% elétricos até 2030. Eles coexistirão pelo próximos 10 a 15 anos.”
Trata-se de uma posição corajosa em contraste com outras marcas que escolheram se precipitar. Uma prova do caminho escolhido é a vinda do México
(isento de imposto de importação recíproco entre os países) do visceral M2
. O modelo é um cupê de dimensões menores que o Série 3
e se caracteriza pela grade frontal diferente da tradicional da marca, além de soluções atraentes como as “bolhas” nos para-lamas traseiros e as inusitadas quatro saídas de escapamento para um motor de seis cilindros em linha, 3-L, biturbo, 460 cv e 56 kgf·m
.
O interior apresenta o alto padrão de acabamento da marca, além do arrojado conjunto de tela curva: 12,3 pol. no quadro de instrumentos e 14,9 pol. na central multimídia. Os dois bancos traseiros, previsivelmente, têm pouco espaço para as pernas, porém o porta-malas é razoável (390 litros).
Apesar dos 1.725 kg de massa total, o M2
atrai pelo alto desempenho: 0 a 100 km/h, em 4,1 s
com câmbio automático de oito marchas
. Câmbio manual existe no exterior, mas não será oferecido aqui
. Há duas versões: Coupé por R$ 617.950
e Coupé Track
com bancos dianteiros tipo concha por R$ 667.950
.
208 com motor 1.0 turbo pode aposentar o 1.6 L
O estilo é reconhecido de longe e sempre representou um ponto de grande destaque da marca francesa. No entanto, ficava devendo em termos de desempenho frente aos concorrentes que migraram rapidamente para motores com turbocompressor.
Com a formação da Stellantis , em janeiro de 2021, o cenário mudou. E o Peugeot 208 acabou recebendo primeiro o motor tricilíndrico 1.0 turbo do novo Grupo, antes mesmo do hatch Fiat Argo .
Este é o motor flex 1.0 mais potente produzido no Brasil : 130 cv (E)/125 cv (G) e 20,4 kgf·m (para ambos os combustíveis e neste caso o valor é igual ao motor da VW de mesma cilindrada, cuja vantagem está em rotações mais baixas – 2.000 rpm contra 4.250 rpm). No entanto, o câmbio automático CVT de sete marchas no uso cotidiano garante a elasticidade que falta ao motor aspirado de 1,6 L, ainda oferecido pelo fabricante francês, mas que pode ser aposentado.
A Peugeot oferece três versões com o novo motor e preços entre R$ 99.990
e R$ 114.990
. A mais cara inclui rodas de liga leve de 17 pol. e teto solar (opcional na versão de R$ 100.000), além de seis airbags (dois do tipo cortina) e outros itens de segurança em um pacote de série que inclui alerta de colisão frontal com frenagem automática de emergência e detecção de pedestre, entre outros.
Na viagem de avaliação o conjunto mecânico entregou o que faltava em termos de desempenho com resposta imediata ao acelerador e registro de 0 a 100 km/h em 9 s (E) e 9,2 s (G). O volante hexagonal é único com base e topo achatados que, em princípio, parece estranho, mas não fica difícil de se adaptar e permite visão completa do quadro de instrumentos por cima dele. O acabamento interno é bom, comportamento em curvas perfeito e freios com potência adequada.
O 208 deve receber em 2024 as modificações já feitas no homônimo francês. Já o 2008
passará a ser fabricado na Argentina.