Nas duas semanas anteriores da coluna falei sobre Tipo e Tempra Turbo. Sem dúvida nenhum esses dois modelos marcaram época não somente pelo estilo como também pela importância em termos de desenvolvimento tecnológico e esportividade. Mas hoje a ideia é conforto, muito conforto, a bordo do Ford Landau.

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 O Ford Landau apareceu depois do Galaxie foi o primeiro modelo de automóvel produzido pela Ford no Brasil. Antes disso o caminhão F-600 fez sua estreia como produto no mercado nacional. Com o lançamento do sedã, em 1967, iniciou uma nova trajetória marcada por comodidade, estilo e muito requinte. Algo que seria referência para gerações de brasileiros nas décadas seguintes.

 A partir de 1972 uma versão com mais chegou às lojas. O Landau fazia uma alusão às carruagens e caprichava no acabamento e nos detalhes especiais. O vidro traseiro era menor para preservar a privacidade dos passageiros enquanto que o teto recebia vinil para um toque sutil de classe.

 A mecânica também passava por modificações sutis. O Galaxie havia se destacado com os blocos de 272 pol³ e 292 pol³ e o Landau recebia o maior motor da subsidiária brasileira na época, o V8 com 302 pol³. Apesar de ser algo distante dos big blocks da versão americana dava conta do recado com 199 cv de potência bruta.

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 O espaço interno também era um de seus destaques com bancos macios e capacidade de levar até seis pessoas, para os padrões de segurança de hoje. E para rodar suave vale destacar um de seus maiores predicados: a suspensão com molas helicoidais, algo sem paralelo na indústria nacional.

Flutuando sobre o asfalto

Ford Landau foi um dos únicos sedãs de luxo que foram fabricados no Brasil. Deixou a linha de montagem em 1983
Renato Bellote/iG
Ford Landau foi um dos únicos sedãs de luxo que foram fabricados no Brasil. Deixou a linha de montagem em 1983

 Guiar o carrão, no melhor sentido da palavra, é uma diversão à parte. A maciez da suspensão impressiona e deixa claro que seu maior comprometimento sempre foi com o conforto. Os bancos inteiriços reforçam a ideia de comodidade. Já o V8 dá conta do recado e transmite a sensação de força, mesmo parecendo pequeno dentro do cofre.

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 O Ford Landau deixou o mercado em 1983 para a chegada de uma nova geração de carros. O Del Rey se destacaria pelo conforto, mas tinha um carisma diferente. De qualquer forma esse peso-pesado marcou época e deixou saudades. Me despeço com o ronco compassado do V8 e a maciez da suspensão. Até a próxima semana.

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